• Carregando...
Estromatólitos | Abraham Zakik/ Wikimedia Commons
Estromatólitos| Foto: Abraham Zakik/ Wikimedia Commons

A vida na Terra se originou 220 milhões de anos antes do que se pensava até agora, indicaram nesta quinta-feira (1°.) cientistas australianos e britânicos ao revelar a existência de fósseis que datam de ao menos 3,7 bilhões de anos.

As pequenas estruturas rochosas que serviram para o estudo, chamadas de estromatólitos, são resultados da ação de cianobactérias fotossintetizantes que formam filmes microbianos que aprisionam lama. Elas são muito comuns no Sul da África e Austrália, mas, as analisadas desta vez - e que podem dar um novo impulso às pesquisas sobre a vida na Terra - são da Groelândia. Elas emergiram à superfície após o degelo de uma placa no maciço de Isuea, no sudoeste desta grande ilha.

Vida fora da Terra? Veja as principais teorias da ciência sobre a questão

Leia a matéria completa

Estes estromatólitos - estruturas fossilizadas “de origem biológica”, de 1 a 4 centímetros - demonstram que a vida emergiu pouco depois da formação da Terra (há 4,5 bilhões de anos), destaca o pesquisador Allen Nutman da Universidade de Wollongong.

Acrescenta que isso permite abrigar a esperança de que uma forma muito básica de vida pode, em algum momento, existir no Planeta Marte.

“Esta descoberta representa um novo ponto de referência sobre a mais antiga prova de vida na Terra, afirma o professor Martin Julian Van Kranendonk, especialista geólogo da Universidade de Nova Gales do Sul e um dos coautores do estudo, divulgado na revista Nature.

Esta descoberta pode ajudar na busca de vida básica em Marte, considerado o planeta do sistema solar mais propício para a existência de formas de vida.

“Há 3,7 bilhões de anos, Marte era provavelmente ainda úmido, inclusive com oceanos”, explica à AFP Allen Nutman. “Se a vida se desenvolveu tão rapidamente na Terra, permitindo a formação de coisas como estes estromatólitos, seria mais fácil detectar sinais de vida em Marte. Em vez de estudar unicamente a ‘assinatura’ química do planeta, poderíamos ver nas imagens de Marte coisas como os estromatólitos”, explica.

Até hoje, a mais antiga prova de vida na Terra foi descoberta por pesquisadores australianos e canadenses, nas rochas de Strelley Pool Chert, na região Pilbara na Austrália. Tinha 3,5 bilhões de anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]