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O Departamento de Estado do governo norte-americano disse na noite desta segunda-feira que as eleições do próximo domingo (dia 29) em Honduras não são uma invenção do governo de facto hondurenho, em referência ao processo em marcha em meio à crise política, no qual o presidente interino Roberto Micheletti espera que as votações transcorram em calma.

O secretário de Estado adjunto, Arturo Valenzuela, disse durante uma sessão do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), que as eleições "não são uma invenção do governo de facto em busca de uma saída, ou como uma forma de lavar um golpe de Estado".

Valenzuela acrescentou que "é uma eleição de acordo com o mandato constitucional de renovar os mandatos presidencial e do Congresso".

Dessa maneira, Valenzuela e o governo americano rebateram a posição reafirmada várias vezes pelo presidente deposto de Honduras, José Manuel Zelaya, que considera ilegal o processo eleitoral efetuado sob a administração que o afastou do poder com um golpe de estado em 28 de junho.

Em carta enviada aos presidentes das Américas, Zelaya pediu a todos que "não adotem posições ambíguas ou imprecisas como as que defende hoje o governo dos Estados unidos, que com a sua postura, enfraqueceu o processo de reverter o golpe de Estado, mostrando a divisão na comunidade internacional".

"Alimentar esse golpe de Estado é algo que coloca em risco a segurança democrática no Hemisfério e a estabilidade dos presidentes das Américas, com o surgimento de castas militares sobre a autoridade civil", escreveu Zelaya na carta. Zelaya permanece desde o final de setembro abrigado na Embaixada do Brasil.

Valenzuela disse que a volta de Honduras à OEA, da qual foi suspensa após o golpe de Estado, depende de que a "eleição aconteça conforme os padrões internacionais".

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