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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reúne com oficiais israelenses no Gabinete de Guerra.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reúne com oficiais israelenses no Gabinete de Guerra.| Foto: Reprodução/X @IsraeliPM

O Irã lançou um ataque com mais de 200 drones e mísseis contra Israel neste sábado (13). As aeronaves não tripuladas foram interceptadas pelas forças de defesa do país, com o apoio dos Estados Unidos.

Em um pronunciamento oficial, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os israelenses estão “preparados para ataques diretos”. E avisou: “Quem ferir Israel também será ferido”.

O presidente norte-americano Joe Biden, por sua vez, interrompeu uma viagem pessoal para retornar à Casa Branca, de onde monitorou a situação.

“O presidente Biden foi claro: o nosso apoio à segurança de Israel é inflexível. Os Estados Unidos estarão ao lado do povo de Israel e apoiarão a sua defesa contra as ameaças do Irã”, afirmou o governo americano em uma nota.

Após a ofensiva, a Missão do Irã nas Nações Unidas (ONU), em Nova York, afirmou que a questão com Israel “pode ser considerada concluída”.

Mas ameaçou atacar novamente se os israelenses reagirem. “Caso o regime isralense cometa outro erro, a resposta do Irã será consideravelmente mais severa.”

O secretário-geral da ONU também se pronunciou. António Guterres condenou o ataque e disse estar “alarmado”.

“Peço a todas as partes que exerçam a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente”, disse.

A tensão na região aumentou após o bombardeio ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, no último dia 1º. A investida, atribuída pelos dois países a Israel, deixou ao menos oito mortos.

O governo israelense não assumiu a autoria do ataque, mas está em alerta máximo desde que os iranianos prometeram uma retaliação.

Este foi primeiro ataque direito de Teerã contra Israel, que até então havia sito vítima apenas de ações terroristas de grupos ligados ao regime iraniano.

Antes dos ataques, iranianos capturaram navio ligado a empresário israelense no Golfo Pérsico

Também neste sábado, a Guarda Revolucionária iraniana capturou um navio de contêineres, ligado a um empresário israelense, no Estreito de Ormuz, uma das principais rotas comerciais do planeta.

O MSC Aries tem bandeira portuguesa, mas é associado à companhia inglesa Zodiac Maritime, do bilionário Eyal Ofer. A empresa confirmou a captura e afirmou que 25 tripulantes estavam a bordo da embarcação.

Os comandos da Guarda Revolucionária, o exército ideológico liderado pelo aiatolá Ali Khamenei, abordaram o navio com um helicóptero e o desviaram de sua rota para o Irã.

De acordo com as agências internacionais de notícias, a aeronave utilizada é um Mil Mi-17, modelo produzido na antiga URSS e usado anteriormente por iranianos e iemenitas.

Logo após a apreensão do MSC Aires, o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, concedeu uma entrevista ao jornal The Times of Israel em que pediu o apoio da comunidade internacional para sancionar o regime iraniano imediatamente.

“O governo do aiatolá Khamenei apoia os crimes do Hamas e agora está conduzindo uma operação pirata que viola o direito internacional. Peço à União Europeia e ao mundo livre que declarem a Guarda Revolucionária do Irã uma organização terrorista, afirmou.

A Casa Branca também se posicionou sobre o ocorrido no Estreito de Ormuz. “Pedimos ao Irã que libere imediatamente o navio e a sua tripulação internacional”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.

Segundo ela, “a captura de um navio civil sem provocação prévia é uma violação flagrante do direito internacional e um ato de pirataria por parte do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica”.

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