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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei| Foto: EFE/ Kobi Gideon e EFE/EPA/ERIK S. LESSER/IRAN'S SUPREME LEADER OFFICE

Israel disparou vários mísseis contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (19) em represália ao ataque que sofreu no último sábado (13) por parte do regime islâmico, disse um funcionário do governo dos Estados Unidos à rede de televisão americana ABC News.

O ataque israelense ocorreu na província de Isfahan, localizada na região central do Irã, que fica próxima da capital Teerã, como confirmaram funcionários do governo do presidente Joe Biden ouvidos pela emissora.

Na província de Isfahan está localizada Natanz, local de uma das instalações nucleares do Irã. Uma fonte militar disse à emissora americana Fox News que o ataque foi "limitado".

Explosões também ocorreram perto do aeroporto de Isfahan, possivelmente atingindo uma base aérea.

Em janeiro de 2023, a cidade de Isfahan sofreu um ataque com uma série de drones que causou graves danos a uma fábrica de armas. O ataque foi atribuído a Israel, embora as autoridades do país nunca tenham confirmado a autoria.

Irã diz que não registrou danos e dá a entender que não responderá ao ataque

Na manhã desta sexta-feira, o Exército do Irã deu a entender que não responderá ao ataque que sofreu pela madrugada. A força iraniana disse que o ataque, atribuído a Israel por uma fonte militar dos EUA, não causou danos no país.

“Graças à nossa vigilância, objetos voadores foram alvejados”, afirmou o comandante-em-chefe do Exército iraniano, o general de divisão Abdul Rahim Mousavi, à agência iraniana Defa Press, especializada em Defesa.

Quando questionado se o Irã responderá ao ataque, Mousavi declarou que “a resposta do Irã já foi vista”, em uma aparente alusão ao ataque do último sábado contra Israel.

As autoridades militares iranianas disseram que ocorreu esta manhã um ataque de drones na província central de Isfahan, que abriga os centros de produção de mísseis e instalações nucleares.

“O som está relacionado com o disparo dos sistemas de defesa de Isfahan”, disse o comandante do Exército iraniano na província de Isfahan, Siavosh Mihan-Dust, depois de a televisão estatal iraniana ter noticiado, no início da manhã, que foram ouvidas “fortes explosões” naquele local.

“Não tivemos danos nem acidentes”, acrescentou o militar.

A agência de notícias Fars especificou que o som de “três explosões” ocorreu perto da base aérea de Shekari, ao norte de Isfahan, em meio a relatos dos Estados Unidos de que Israel havia atacado com mísseis o regime islâmico.

O Irã negou que tenha havido um ataque com mísseis contra o país e garantiu que o que suas defesas aéreas derrubaram foram “vários drones”.

“Não há relatos de um ataque com mísseis por enquanto”, destacou o porta-voz da Agência Espacial do Irã, Hossein Dalirian, em sua conta no X (antigo Twitter).

Dalirian detalhou ainda que as defesas aéreas do país abateram “três microdrones”.

A televisão estatal relatou que os drones vieram de dentro do país, algo que já aconteceu no passado.

Sem confirmações de Israel ou dos EUA

Nem o governo israelense nem o Pentágono dos Estados Unidos reconheceram oficialmente a operação ocorrida na madrugada.

No entanto, uma fonte oficial israelense confirmou ao jornal americano The Washington Post que seu país realizou um ataque aéreo dentro do Irã, em retaliação ao bombardeio iraniano contra Israel no último sábado.

Em meio à confusão sobre o que estava acontecendo, as autoridades de aviação do Irã suspenderam os voos em Teerã, Shiraz e Isfahan, onde as viagens foram retomadas horas depois.

Por sua vez, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta sexta-feira que não foram causados ​​quaisquer danos às instalações nucleares do Irã após o ataque contra o centro do país.

O Irã lançou um ataque com mísseis e drones contra Israel no último sábado, em retaliação ao bombardeio (atribuído a Israel) ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária iraniana.

Israel havia prometido retaliar esse ataque sem precedentes. (Com Agência EFE)

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