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Dezenas de estudantes pró-Palestina durante manifestação no campus da Universidade de Columbia, em Upper Manhattan, Nova York
Dezenas de estudantes pró-Palestina durante manifestação no campus da Universidade de Columbia, em Upper Manhattan, Nova York| Foto: EFE/Alicia Sánchez

Lideranças do Irã e do Hamas manifestaram apoio aos protestos massivos nas universidades americanas contra Israel, que acontecem desde a semana passada e já resultaram na prisão de centenas de estudante e confrontos com as forças de segurança.

Um desses comícios na Universidade de Columbia, em Nova York, contou com apoiadores da milícia palestina, responsável pela morte de milhares de israelenses no dia 7 de outubro.

Nesta segunda-feira (29), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Teerã, Nasser Kanani, deu uma declaração oficial condenando a “repressão” das manifestações em dezenas de instituições dos EUA. “A voz dos manifestantes não pode ser silenciada com ações violentas e policiais”, afirmou durante coletiva de imprensa semanal.

Kanani disse que a diplomacia iraniana “não aceita de nenhuma maneira o tratamento policial às reivindicações dos estudantes” e pediu à comunidade internacional que se ocupe desse assunto, afirmação um tanto contraditória para um dos países mais repressivos em relação à liberdade de expressão no mundo.

Segundo o diplomata iraniano, o que está acontecendo nas universidades americanas mostra “o grau de ódio público ao regime sionista (Israel) e ao genocídio em Gaza" por parte do país com o apoio dos EUA e de alguns governos europeus. Os manifestantes rechaçam a política de Washington em relação a Israel e pedem que os centros educativos rompam relações com o governo e o setor privado israelenses.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também elogiou os protestos na semana passada, declarando que "as pessoas do mundo estão começando a apoiar a Frente de Resistência, porque são contra a opressão.”

O regime de Teerã, que não reconhece Israel como Estado, é o principal aliado de grupos milicianos islâmicos como os palestinos Hamas e Jihad Islâmica, o libanês Hezbollah e os rebeldes houthis do Iêmen, que constituem o chamado Eixo da Resistência.

Izzat Al-Risheq, membro do gabinete político do Hamas, acusou a administração Biden de violar os direitos dos estudantes e professores, alegando que os manifestantes estão apenas rejeitando o "genocídio a que o povo palestino está sujeito na Faixa de Gaza nas mãos dos sionistas neonazistas". O líder do grupo terrorista classificou os estudantes como os "líderes do futuro”.

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