O presidente argentino, Mauricio Macri, começou a retirar os subsídios que foram implementados na economia do país por sua antecessora, Cristina Kirchner.
A medida vinha sendo tratada desde a campanha eleitoral, no ano passado. O primeiro corte se dará na energia, com um aumento de cerca de 350% na conta de luz a partir de fevereiro.
A alta compreende apenas o segmento de geração. Ainda deverão haver outros incrementos na parte de distribuição.
De acordo com o governo, a medida não atingirá cerca de 2 milhões de famílias que se encontram abaixo do nível de pobreza.
Os subsídios kirchneristas eram criticados por beneficiarem toda a população do país, incluindo as classes mais altas. Além disso, os preços praticados no interior do país são muito mais caros que os da capital. De acordo com o jornal La Nación, por exemplo, a empresa Edenor cobra 54,70 pesos a um consumidor de Buenos Aires por 500kw/h enquanto em Córdoba, pelo mesmo consumo se paga 373 pesos.
Com os cortes, o governo pretende reduzir o deficit fiscal. Cálculos do Ministério da Fazenda apontam que os subsídios correspondem a cerca de 4% do PIB. A meta é diminuir esse número para 1,5% ainda neste ano.
A medida, no entanto, deverá pressionar a inflação, um dos grandes problemas de Macri.
Em 2015, os preços avançaram 26,9% apenas em Buenos Aires. Para este ano, o governo projeta que subam entre 20% e 25%. Economistas, porém, preveem que, com a redução dos subsídios, a inflação passará dos 30%.
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