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Iván Simonovis em imagem de 2019
Iván Simonovis em imagem de 2019| Foto: EFE/ Lenin Nolly

O ex-chefe de inteligência e segurança do líder opositor venezuelano Juan Guaidó, Iván Simonovis, acusou nesta quarta-feira (21) o regime de Nicolás Maduro de estar por trás do desaparecimento do ex-tenente venezuelano Ronald Ojeda Moreno, ocorrido na madrugada de ontem em Santiago, capital do Chile.

Ojeda é um asilado político do governo de Gabriel Boric e fazia parte de um grupo de oficiais que foi expulso das Forças Armadas da Venezuela por uma suposta “conspiração” contra Maduro.

Simonovis, que atualmente vive em Miami, nos EUA, foi o primeiro a denunciar o caso do desaparecimento do militar por meio de sua conta no X (antigo Twitter). Em entrevista ao site de notícias chileno Ex-Ante, ele afirmou que o que ocorreu com Ojeda Moreno foi uma operação de “extração limpa”, planejada por agentes de inteligência do regime venezuelano.

O opositor afirma que o ex-militar venezuelano foi levado por indivíduos, que diz serem do serviço de inteligência da Venezuela, que se passaram por funcionários públicos do Chile e que depois abandonaram o veículo usado na operação.

Na entrevista, Simonovis levantou também a hipótese de que Maduro poderia ter contratado a facção conhecida como Tren de Aragua, que é um dos maiores grupos do narcotráfico venezuelano, para executar este trabalho. Segundo ele, isso “dificultaria a comprovação do envolvimento do governo venezuelano no caso” e “evitaria as complicações diplomáticas que poderiam surgir”, caso fique comprovado que Ojeda foi levado para a Venezuela.

O ex-chefe de inteligência ainda disse que essa é uma situação extremamente delicada e complexa e que nenhum governo poderia aceitar que outro país sequestre uma pessoa dentro de seu território.

Ainda na entrevista, Simonovis disse que a esposa e a irmã de Ojeda foram levadas para prestar depoimento na polícia chilena, e que essa é a única informação concreta que se tem sobre o caso. Até o momento, não há pistas sobre o paradeiro de Ojeda. As autoridades chilenas reforçaram a segurança nas fronteiras e afirmam que estão investigando o caso, sem descartar nenhuma hipótese.

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