Maior aliança opositora da Venezuela designa diplomata para substituir Machado na disputa com Maduro

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A Plataforma Democrática Unida (PUD), principal aliança de oposição na Venezuela, ratificou na noite desta sexta-feira (19), por unanimidade, o diplomata Edmundo González Urrutia como seu candidato para as eleições presidenciais de 28 de julho, substituindo María Corina Machado, que foi inabilitada pelo regime chavista de exercer cargos eletivos.

Urrutia havia sido nomeado pela PUD como candidato provisório, depois de denunciar a impossibilidade de registrar a historiadora Corina Yoris, primeira escolhida como substituta de Machado. A coalizão explicou na ocasião que tomou aquela decisão para permanecer "dentro da rota eleitoral" e "continuar lutando" para garantir o registro da "candidatura escolhida pelos fatores democráticos".

O secretário-geral da coalizão, Omar Barboza, confirmou a decisão à imprensa local, nesta sexta. “Quero dar uma notícia muito boa ao povo venezuelano e aos democratas do mundo. A Plataforma Unitária Democrática acaba de aprovar por unanimidade a candidatura do embaixador Edmundo González Urrutia como candidato da unidade, apoiada por todos os integrantes”, disse.

Segundo o representante da PUD, Urrutia teve sua inscrição admitida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sem contestações.

O diplomata, de 74 anos, atuou como embaixador da Venezuela na Argélia entre 1991 a 1993 e, posteriormente, na Argentina, entre 1998 e 2002.

Nesse período da década de 1990, consolidou sua carreira diplomática, ocupando diversos cargos na Diretoria Geral de Política Internacional do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela (MRE) (1994-1998), incluindo na direção da comissão de Análise Estratégica e Planejamento da pasta.

Entre os anos de 2013 a 2015, Urrutia foi responsável por fortalecer a presença da coligação opositora Mesa Redonda da Unidade Democrática (MUD) no cenário global. Em 2020, ele assumiu a presidência do MUD.

Com a confirmação do candidato, há 12 registrados para as eleições. Além do diplomata e do ditador Maduro, disputam a chefia de governo Luis Brito, Luis Ratti, Enrique Márquez, Benjamín Rausseo, Luis Eduardo Martínez, Daniel Ceballos, Antonio Ecarri, Juan Carlos Alvarado, Javier Bertucci e Claudio Fermín.

O candidato presidencial Manuel Rosales, governador de Zulia e líder do partido Um Novo Tempo (UNT), partido que teoricamente faz parte da coligação da oposição, mas teve a candidatura questionada, anunciou sua desistência da disputa para apoiar o candidato escolhido pela maior aliança opositora.