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O presidente dos EUA, Joe Biden, seu homólogo do México, Andres Manuel Lopez Obrador, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em Cúpula de Líderes Norte-Americanos (NALS) na Casa Branca
O presidente dos EUA, Joe Biden, seu homólogo do México, Andres Manuel Lopez Obrador, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em Cúpula de Líderes Norte-Americanos (NALS) na Casa Branca| Foto: EFE/EPA/CHRIS KLEPONIS

O Senado do México aprovou nesta terça-feira (2) a entrada no país de 11 militares dos Estados Unidos com armas e munições para treinar as Forças Armadas mexicanas.

Com placar de 79 votos a favor, 10 contra e uma abstenção, os senadores aprovaram a decisão após pedido do presidente do país, Andrés Manuel López Obrador.

De acordo com a autorização, os militares americanos permanecerão no México por cerca de dois meses, de 8 de abril a 27 de maio, para treinar tropas mexicanas no Centro Nacional de Treinamento de Santa Gertrudis, no estado de Chihuahua.

De acordo com um comunicado do Senado, a atividade de formação denominada "Treinamento Conjunto de Exercícios Combinados" visa "melhorar a capacidade de planejamento e execução de operações especiais, competências necessárias para o correto desempenho do exército mexicano no seu trabalho".

A nota explica que "a delegação do exército dos EUA entrará com armas, munições, material e equipamento especializado para a realização da atividade".

Apesar da aprovação, o Senado contou com uma dezena de opositores à iniciativa. O senador Emilio Álvarez Icaza Longoria, que votou contra o projeto, criticou a permissão para que os militares americanos entrem no país com armas, afirmando que o ato é proibido pela Constituição mexicana. "Isso não parece ser uma cessão de soberania?", questionou.

Já a senadora Laura Iraís Ballesteros Mancilla, do Movimento Cidadão (MC), que se pronunciou contra a autorização, alegou que a participação dos militares na administração pública mexicana tem aumentado desde 2007 e sugeriu que ações de formação envolvendo estrangeiros deveriam se concentrar na capacitação de agentes policiais em questões de segurança pública.

Por sua vez, o senador Damián Zepeda, do Partido da Ação Nacional (PAN), que foi a favor da decisão, considerou que seria "um excesso" não permitir a entrada dos militares dos EUA para o treinamento. "Não vejo como a soberania nacional pode ser colocada em risco porque 11 elementos especializados de um Exército estrangeiro vêm dar cursos de formação ao exército mexicano", declarou.

O parecer foi aprovado um dia antes na Comissão de Defesa Nacional do Senado, presidida por Félix Salgado Macedonio, que destacou que, além de treinar as Forças Armadas, o exercício conjunto visa "reforçar a relação bilateral" com os EUA.

Em dezembro do ano passado, o Senado também autorizou a chegada do mesmo número de militares americanos, que permaneceram no país durante dois meses, de janeiro a março, para realizar atividades de treinamento militar semelhantes no Estado do México, no centro do país.

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