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Protesto contra o primeiro-ministro Ariel Henry em Porto Príncipe, capital do Haiti, na semana passada
Protesto contra o primeiro-ministro Ariel Henry em Porto Príncipe, capital do Haiti, na semana passada| Foto: EFE/Johnson Sabin

Militares americanos foram destacados para Porto Príncipe na noite de sábado para reforçar a segurança da Embaixada dos Estados Unidos no Haiti e retirar o pessoal não essencial, em um momento em que gangues armadas transformaram as ruas em um campo de batalha. O objetivo da operação foi fortalecer a segurança da embaixada para garantir que ela continue funcionando, conforme explica comunicado do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, responsável pelas operações na América Latina.

A missão foi realizada com uma aeronave militar, da qual não foram fornecidos detalhes, exceto que não havia haitianos a bordo e apenas foi transportado pessoal que trabalhava para o governo americano. “Este transporte aéreo de pessoal para dentro e para fora da embaixada é consistente com a nossa prática padrão para fortalecer a segurança das embaixadas em todo o mundo”, afirmou o Comando Sul dos EUA.

Uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, responsável pela política externa, informou à Agência EFE que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu pessoalmente autorização à missão. “O presidente Biden aprovou a operação. Ele foi informado, recebe atualizações de sua equipe e está profundamente preocupado com a situação no Haiti”, disse a porta-voz.

A operação ocorreu enquanto os ataques de gangues armadas continuam na área metropolitana de Porto Príncipe, incluindo Tabarre, onde está localizada a embaixada dos EUA. Há uma semana, as gangues entraram nos dois principais centros penitenciários da capital, permitindo a fuga de mais de 3 mil presos. A violência levou a embaixada dos Estados Unidos no Haiti a reduzir suas operações, embora em uma mensagem na rede social X, ex-Twitter, publicada neste domingo tenha deixado claro que “permanece aberta”.

A violência em Porto Príncipe aumentou significativamente desde que se soube, em 28 de fevereiro, que o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, havia se comprometido a realizar eleições antes do final de agosto de 2025, uma data muito distante, considerando que ele deveria concluir seu mandato em 7 de fevereiro, conforme acordo de 2022. Henry, a máxima autoridade do país após o assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021, é agora alvo de pressão dentro e fora do Haiti para favorecer uma transição que ajude a parar a grave crise e a extrema violência no país.

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