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Já com alianças garantidas para formar o governo israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu desculpas nesta segunda-feira (23) aos árabes-israelenses e prometeu governar para todos os cidadãos do país. No dia da eleição legislativa, Netanyahu conclamara os israelenses a irem às seções eleitorais porque os “árabes estavam votando em massa”.

“Sei que algumas coisas que disse dias atrás magoaram alguns cidadãos israelenses. Minhas ações como primeiro-ministro, incluindo investimentos maciços em setores minoritários, provam o contrário”, disse Netanyahu em uma reunião com representantes de minorias. “Eu me vejo como primeiro-ministro de cada um e de todos vocês, de todos os israelenses, sem diferenciar entre religião, raças ou sexo.”

Até quarta-feira, o presidente Reuven Rivlin disse que pedirá ao premier para formar um novo governo. Nesta manhã, Netanyahu conseguiu o apoio de Moshe Kahlon, do Kulanu, e mais do partido Yisrael Beytenu. Com isso, sua coalizão de governo já conta com 67 das 120 cadeiras do Knesset, garantindo-lhe um quarto mandato como primeiro-ministro.

O apoio mais esperado era o do Kulanu, que tem dez assentos. Durante a campanha, Kahlon esnobara um convite para o cargo de ministro das Finanças dizendo que o premier não costumava cumprir promessas. Nesta segunda-feira, Kahlon disse que decidira seguir “o desejo do povo” que elegera Netanyahu.

Rivlin ainda tem que se encontrar com líderes do Meretz para completar a rodada de consultas antes de pedir a formação de um novo governo, mas os números já garantem a maioria para Netanyahu. A coalizão de Netanyahu tem 67 cadeiras; a União Sionista de Isaac Herzog, o segundo partido mais votado, ficou com 24; e 24 parlamentares decidiram não se unir a ninguém. Mais cedo, Yael German, do Yesh Atid, disse que não iria aderir a coalizão de governo, ficando na oposição.

Na quarta-feira à noite, o presidente deve receber Netanyahu e pedir formalmente que forme o governo. Netanyahu tem o apoio dos deputados de seu partido (o Likud), dos partidos nacionalistas Casa Judaica e Yisrael Beytenu, dos ultraortodoxos Shass e Judaísmo Unificado da Torah e do partido de centro-direita Kulanu.

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