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A opositora venezuelana María Corina Machado
A opositora venezuelana María Corina Machado| Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

A opositora e candidata à presidência da Venezuela – embora esteja inabilitada pelo regime chavista -, María Corina Machado, fez um novo alerta nesta quinta-feira (14) sobre a situação de seu país.

Segundo Corina Machado, cujo partido afirmou que irá registrar o nome no Conselho Eleitoral Nacional, caso o ditador Nicolás Maduro, que representará o chavismo neste pleito, se imponha “pela força” na disputa eleitoral, a América Latina poderá sofrer com uma nova pressão migratória “nunca vista antes”.

Machado também disse, durante uma videoconferência promovida pela Câmara dos Deputados da Argentina, que a vitória de Maduro, que ao que tudo indica tentará se perpetuar no poder por meio da eleição marcada para o dia 28 de julho, seria a “consolidação de um sistema mafioso que ofereceu nosso território [a Venezuela] como santuário ao Cartel de Sinaloa, ao Exército de Libertação Nacional (ELN) e à guerrilha colombiana [...] e como porta de entrada para os regimes da Rússia e do Irã".

A opositora antichavista disse que a manutenção do poder de Maduro na Venezuela por meio da força teria "um impacto terrível” em “todos os países da América Latina".

A videoconferência de Machado com o parlamento argentino contou com a presença de membros do governo presidido pelo libertário Javier Milei, que apoia a oposição venezuelana, e congressistas de diversas forças políticas.

Machado agradeceu a Milei e aos deputados pela assistência e comentou que a Argentina “vive um momento emocionante de progresso em direção à liberdade”.

A líder opositora insistiu durante seu discurso justamente na ideia de “liberdade”, emblema das ideias políticas de Milei, a quem Machado pediu para mostrar sua “influência regional”.

“Nem o país [Venezuela] nem as suas instituições vão aceitar que as nossas opções para avançar rumo à liberdade estejam bloqueadas”, declarou Machado, que pediu ao Executivo do ditador Maduro que “garanta que os venezuelanos residentes na Argentina possam registrar-se para votar nas próximas eleições”.

Sobre os mais de 220 mil venezuelanos que se estima viverem na Argentina, Machado agradeceu ao país pela forma como recebeu os migrantes “de braços abertos”, mas comentou que a Venezuela “precisa deles de volta”.

Por sua vez, o vice-chanceler argentino Leopoldo Sahores, que substituiu a ministra das Relações Exteriores Diana Mondino no evento, ratificou o compromisso do governo Milei com a Venezuela.

“A Argentina está de volta à Venezuela desde 10 de dezembro de 2023. Claramente, sem vergonha”, disse Sahores, referindo-se à mudança de postura em relação à situação venezuelana entre o Executivo de Milei e o governo anterior, liderado pelo peronista Alberto Fernández, próximo a Maduro.

Sahores considerou que “a causa da democracia na Venezuela é a causa da América Latina e da Argentina” e pediu a Maduro que as próximas eleições sejam “transparentes e limpas”.

A relação entre Argentina e Venezuela passou por um pico de tensão esta semana, quando o governo Maduro anunciou o fechamento do espaço aéreo para aeronaves argentinas e Buenos Aires respondeu com a ativação de “ações diplomáticas”. (Com Agência EFE)

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