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Príncipe Harry e Meghan Markle posam para fotos no Sunken Garden no palácio de Kensington | DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP
Príncipe Harry e Meghan Markle posam para fotos no Sunken Garden no palácio de Kensington| Foto: DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP

O casamento do príncipe britânico Harry com a atriz americana Meghan Markle acontece neste sábado. A febre da realeza está na moda, inclusive em outros países, com os Estados Unidos. Um bar temático relacionado ao casamento abriu em Washington no dia 4. E se as audiências televisivas dos casamentos do irmão e dos pais de Harry servem de referência, milhares de pessoas levantarão cedo nos Estados Unidos para assistir à transição de Markle de atriz de TV para integrante da realeza britânica. Para muitos, entretanto, a coroa britânica permanece cercada de equívocos. Veja alguns mitos comuns 

Mito 1: Os Windsors são multibilionários 

Sim, eles são ricos. Um artigo da Reader’s Digest estima que o patrimônio do príncipe George, de 4 anos, seja de US$ 3,6 bilhões, e de sua irmã, a princesa Charlotte, de 3 anos, de US$ 5 bilhões. O relatório de uma empresa de consultoria estima que o patrimônio líquido da realeza britânica chegue a US$ 88 bilhões. A soma astronômica inclui o valor combinado de ativos como o Palácio de Buckingham, a coleção de joias da Coroa e a marca Windsor, que atrai turistas ao Reino Unido. 

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A rainha tem uma fortuna pessoal de cerca de US$ 425 milhões. As estimativas foram feitas pela Bloomberg em 2015. Ela não integra a lista das 300 pessoas mais ricas do Reino Unido, publicada no ano passado pelo Sunday Times. Ela é proprietária do Castelo de Balmoral na Escócia e de Sandringham House, na Inglaterra. Mas as residências oficiais como o Castelo de Windsor não são sua propriedade privada. Elas são parte do Patrimônio da Coroa, um sistema instituído em 1760 no qual o rei Jorge 3° cedeu terras da Coroa e outros ativos em troca de um salário. 

A rainha não pode vender o Palácio de Buckingham e ela não é totalmente responsável por sua manutenção. Da mesma forma, enquanto a realeza tem joias pessoais, aquela usada em coroações e ocasiões especiais, como a abertura do parlamento, passa de monarca para monarca. 

Mito 2: Quando Charles for rei, sua esposa Camilla, não será rainha 

Quando eles se casaram, em 2005, a Clarence House – residência de Charles – anunciou: “a senhora Parker Bowles irá usar o título de princesa consorte quando o príncipe assumir o trono.” O casal pretendia minimizar reações negativas de fãs da princesa Diana e por aqueles que se sentiram ofendidos pelo longo relacionamento entre Charles e Camila, ao qual Diana publicamente culpava pelo fracasso de seu casamento com Charles. Assim Camilla seria conhecida como a Duquesa da Cornualha evitando o uso do título dado a Diana: Princesa de Gales. 

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Enquanto pesquisas apontam que muitos britânicos se opõem à ideia de Camilla como rainha, a rainha Elizabeth 2° aprovou essa possibilidade em 2016 ao indicá-la ao Privy Council, um grupo sênior de assessores da soberana. As menções a Camilla como princesa consorte foram retiradas do website da Clarence House e artigos e biografias de Charles e Camilla sugerem que Charles pretende dar o título de rainha à sua esposa. 

Mito 3: Os filhos de Markle podem ser membros da realeza e concorrer à presidência americana 

Muitas reportagens de revistas e jornais apontam que qualquer filho de Harry e Markle poderá ser, ao mesmo tempo, presidente dos Estados Unidos e herdeiro ao trono britânico, fazendo uma referência à análise revista Harvard Law of Review sobre o termo cidadão nativo. Markle pretende tornar-se uma cidadã britânica, embora não se saiba se ela pretende manter a sua cidadania americana. Filhos de americanos, mesmo aqueles com dupla cidadania, tem status de cidadãos americanos no nascimento. 

Sem uma isenção do Congresso americano, qualquer filho do casal, que está na linha do trono britânico, entraria em conflito com a Constituição americana. Assim, mesmo que uma futura filha rompa com a tradição real de evitar a política, ela precisará renunciar ao trono ou obter permissão do Congresso para manter sua reivindicação. É difícil imaginar um candidato vencendo uma eleição sem primeiro comprometer-se com a lealdade exclusiva aos Estados Unidos.

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