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Líder máximo das Farc, Timoleón Jiménez anuncia o cessar-fogo durante conferência em Havana, Cuba | Yamil Lage/AFP
Líder máximo das Farc, Timoleón Jiménez anuncia o cessar-fogo durante conferência em Havana, Cuba| Foto: Yamil Lage/AFP

A guerrilha colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) decretou um cessar-fogo definitivo a partir da meia-noite desta segunda-feira (29), após a assinatura de um histórico acordo de paz com o governo para colocar fim a 52 anos de conflito armado.

“Ordeno a todos os nossos comandos, a todas as nossas unidades, a todos e a cada um dos nossos combatentes, a cessar o fogo e as hostilidades de forma definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24 horas da noite de hoje”, disse à imprensa, em Havana, o líder supremo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Timoleón Jiménez, conhecido como “Timochenko”.

O líder rebelde declarou, assim, o fim da “guerra” com o governo colombiano, após 52 anos de luta armada, em correspondência ao cessar-fogo definitivo das ações contra as Farc de parte das forças colombianas, disposto pelo presidente Juan Manuel Santos na última quinta-feira (25).

Desta forma, a Colômbia detém, pela primeira vez, a luta com as Farc de forma definitiva, após um conflito que deixou milhares de vítimas entre mortos, deslocados e desaparecidos.

“Aos soldados, marinheiros, pilotos da Força Aérea, policiais e organismos de segurança e Inteligência do Estado, queremos manifestar-lhes nossa clara e definida vocação para a reconciliação”, afirmou Timochenko.

Neste sentido, acrescentou que “as rivalidades e rancores devem ficar no passado. Hoje, mais do que nunca, lamentamos tanta morte e dor cansados pela guerra. Hoje, mais do que nunca, queremos abraçá-los como compatriotas e começar a trabalhar unidos pela nova Colômbia”.

O cessar-fogo bilateral e definitivo encerra o capítulo do conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), após o acordo de paz alcançado com o governo na quarta-feira (24), depois de quase quatro anos de negociações em Cuba.

No entanto, o pacto de Havana, para se tornar efetivo, precisará ser aprovado em um referendo convocado para 2 de outubro.

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