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Putin acende velas em homenagem às vítimas do ataque na região de Moscou na última sexta-feira (22)
Putin acende velas em homenagem às vítimas do ataque na região de Moscou na última sexta-feira (22)| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL METZEL/SPUTNIK/KREMLIN

Três dias após o ataque em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou que matou 139 pessoas, a Rússia tenta colocar em dúvida a reivindicação do grupo terrorista Estado Islâmico de que teria cometido sozinho o atentado.

A participação da Ucrânia foi descartada por serviços de inteligência do Ocidente, mas voltou a ser sugerida pelo ditador Vladimir Putin e por membros do seu governo.

Nesta segunda-feira (25), durante uma reunião que foi transmitida ao vivo pela televisão, Putin culpou “radicais islâmicos” pelo ataque, mas sugeriu que isso teria ocorrido sob ordens da Ucrânia, invadida pelos russos.

“Sabemos que radicais islâmicos cometeram esse crime. Estamos interessados em saber quem deu a ordem”, disse Putin.

“Esse crime pode ser apenas um elo em uma série de tentativas daqueles que estão lutando desde 2014 contra nosso país com as mãos do regime neonazista em Kiev”, afirmou.

“É necessário responder à pergunta: por que os terroristas, depois de cometerem o crime, tentaram fugir pela Ucrânia, quem estava esperando por eles?”, perguntou Putin.

Putin também acusou os Estados Unidos de “persuadir seus satélites e outros países do mundo de que, de acordo com seus dados de inteligência, supostamente, não há vestígios de Kiev no ataque a Moscou, que o ato sangrento foi cometido [apenas] por seguidores do Islã, membros da organização proibida na Rússia, o EI”.

Assim como Putin, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, questionou, em um artigo para o jornal Komsomolskaya Pravda, a alegação dos Estados Unidos de que a Ucrânia não estava envolvida no ataque.

“Atenção – uma pergunta para a Casa Branca: vocês têm certeza de que foi o Estado Islâmico? Não querem pensar um pouco mais sobre isso?”, escreveu Zakharova, que acrescentou que os americanos tentavam culpar o “bicho papão” Estado Islâmico para supostamente acobertar os seus “protegidos” em Kiev.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que era “inapropriado” comentar a reivindicação do Estado Islâmico de responsabilidade pelo atentado.

“A investigação está em andamento. Até agora, nenhuma versão foi apresentada”, afirmou o porta-voz, que desconversou quando perguntado se o atentado na região da capital russa não representou uma falha dos serviços de segurança.

“Infelizmente, o nosso mundo mostra que nenhuma cidade, nenhum país pode estar completamente imune à ameaça do terrorismo”, disse Peskov. (Com Agência EFE)

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