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O presidente da Argentina, Javier Milei
O presidente da Argentina, Javier Milei| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

Sob o governo do presidente libertário Javier Milei, o peso, a moeda nacional da Argentina, experimentou um aumento significativo de 25% em relação ao dólar no mercado paralelo nos últimos três meses, tornando-se a moeda com o melhor desempenho entre as 148 monitoradas pela agência Bloomberg.

A recuperação do peso, que começa a dar sinais concretos de estabilização, é atribuída pela agência americana aos esforços de Milei, que está apenas há quatro meses no cargo, para reduzir o gasto público e controlar a inflação argentina.

“Este fenômeno é particularmente notável em um país onde a menor depreciação anual da moeda na última década foi de 15%”, diz a Bloomberg em uma matéria publicada na última quinta-feira (25).

A agência citou que a confiança renovada dos argentinos no peso, juntamente com a interrupção da emissão de dinheiro pelo banco central para financiar o gasto público, contribuiu para a estabilização da moeda nacional.

"A grande novidade na Argentina é que a pessoa que está no comando não está preocupada em pagar o custo político da austeridade, e isso é incomum", disse Javier Casabal, chefe de pesquisa do AdCap Grupo Financeiro de Buenos Aires, à Bloomberg.

"O objetivo do governo continuará sendo quebrar a espinha dorsal da inflação”, afirmou Casabal.

"Com este governo, a política econômica começa a se tornar racional", afirma Carlos Pérez, diretor da consultoria da Fundação Capital, à Bloomberg.

Na semana passada, durante sua terceira mensagem em cadeia nacional de rádio e televisão desde que assumiu a presidência, em dezembro, Milei, que defende a dolarização da Argentina, também anunciou que o país havia atingido um superávit financeiro de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre – segundo ele, “uma façanha de proporções históricas a nível mundial”.

“Ao contrário das previsões da maioria dos líderes políticos, dos economistas profissionais, de televisão e enganadores das tribunas, dos jornalistas especializados e de boa parte do establishment argentino, quero anunciar que o setor público nacional registrou um superávit financeiro de mais de 275 bilhões de pesos [R$ 1,6 bilhão] durante março, alcançando assim, depois de mais de 20 anos, um superávit financeiro de 0,2% do PIB durante o primeiro trimestre do ano”, disse o presidente.

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