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Prédio em Caracas com a imagem de Hugo Chávez: morte do ex-presidente completa dois anos hoje. | Miguel GutiérrezEFE
Prédio em Caracas com a imagem de Hugo Chávez: morte do ex-presidente completa dois anos hoje.| Foto: Miguel GutiérrezEFE

O governo brasileiro aposta no trabalho da comissão de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para garantir a realização das eleições legislativas na Venezuela, previstas para dezembro. Um negociador brasileiro diz que há risco de o pleito ser anulado pelo presidente Nicolás Maduro e que a manutenção da votação seria uma esperança de desviar os conflitos entre o governo e a oposição das ruas para as urnas.

A comissão de chanceleres da Unasul foi criada há um ano para tentar restaurar a convivência pacífica entre governo e opositores. Neste ano, as relações entre os dois grupos voltou a recrudescer. No mês passado, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso por conspirar contra o governo. Além disso, um adolescente de 14 anos foi morto com um tiro na cabeça dado pela polícia durante um protesto na cidade de San Cristóbal.

Não há ainda uma nova data para que o grupo de chanceleres se encontre. O governo brasileiro manifestou em nota oficial publicada na semana passada “grande preocupação” com os recentes acontecimentos na Venezuela.

Havia uma expectativa de que a situação do país fosse tratada por presidentes latino-americanos no último domingo, quando a presidente Dilma Rousseff e outros chefes de Estado da região estiveram em Montevidéu para a posse de Tabaré Vázquez. Maduro, no entanto, não compareceu.

Mais cedo, o líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou em Caracas temer que o governo de Nicolás Maduro suspenda as eleições legislativas. Capriles acredita que, por causa da baixa popularidade nas pesquisas de opinião e a crise econômica que assola o país, Maduro possa abrir mão do pleito para manter o poder parlamentar leal à situação.

Candidatos presos

Jesús Torrealba, secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática, principal coalizão de oposição a Maduro, informou ontem que Antonio Ledezma, o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, e o ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, os três detidos, serão candidatos nas eleições parlamentares.

Ledezma está preso desde 20 de fevereiro, acusado de conspirar contra Maduro. Leopoldo López foi preso em 18 de fevereiro de 2014, acusado de incitação à violência, formação de quadrilha, danos à propriedade e incêndio de escritórios e veículos públicos, crimes relacionados com os incidentes de violência do dia 12 de fevereiro do ano passado.

Já Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal e membro do partido de López, foi detido em 19 de março de 2014, em Caracas.

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