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Um atirador abriu fogo em uma transmissão de tevê ao vivo na Virgínia, matando uma repórter e um cinegrafista. Outra pessoa ficou ferida no episódio, na cidade de Moneta.

Atirador também gravou ataque a jornalistas

A polícia do estado da Virgínia identificou o autor dos tiros que mataram duas pessoas durante uma transmissão ao vivo de uma rede de tevê na cidade de Moneta.

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De acordo com informações do canal ao qual os profissionais pertenciam, o WDBJ7, a repórter Alison Parker, 24, e o cinegrafista Adam Ward, 27, foram as vítimas.

Eles estavam entrevistando uma pessoa em uma reportagem sobre um shopping local quando o atirador se aproximou. Ouve-se então uma série de tiros. Quando a câmera cai, aparecem a imagem do atirador segurando a arma direcionada ao cinegrafista.

A imagem então é subitamente cortada, voltando para o estúdio. A apresentadora, visivelmente assustada, anuncia que “não sabe o que são os sons [de tiros]” e que “vão tentar descobrir o que aconteceu”.

Segundo a “CNN”, o gerente-geral do canal, Jeff Marks, aponta que foram feitos seis ou sete disparos.

A entrevistada foi identificada como Vicki Gardner, diretora-executiva de uma câmara de comércio local. Ela foi baleada nas costas e está em cirurgia, de acordo com a “CNN”.

Veja o momento do ataque (imagens fortes):

Suspeito

O principal suspeito é o ex-funcionário da emissora Bryce Williams. Ele está sob custódia da polícia após atirar contra si ao fim da perseguição policial.

Antes de chegar ao canal, o jornalista havia trabalhado usando o nome de Bryce Williams em canais em San Francisco, na Califórnia, e em canais menores nos Estados da Flórida, da Carolina do Norte, do Texas e da Geórgia.

Em 2000, enquanto trabalhava em uma afiliada da rede de televisão NBC em Tallahassee, na Flórida, ele entrou com outro processo contra a emissora por racismo, pedindo mais de US$ 75 mil de indenização.

No processo, ele alegou ter sido chamado de “macaco” por um produtor branco em 1999 e recebido xingamentos racistas de outros funcionários. O processo chegou a passar pela Justiça Federal na Flórida, mas foi arquivado em 2001.

O gerente do canal, Jeff Marks, descreveu o apresentador como um homem infeliz. “Nós o contratamos como repórter, e ele tinha algum talento e experiência, muito embora estivesse fora das telas por um tempo.”

Segundo o representante, o jornalista ganhou a reputação de ser uma pessoa difícil de trabalhar. “Após alguns ataques de raiva que ele teve, nós o demitimos. Ele não aceitou a saída e tivemos que pedir aos seguranças que o tirassem do prédio.”

Marks afirma que as denúncias de discriminação racial feitas por Flanagan contra a empresa “não puderam ser confirmadas por ninguém, por isso pensamos que foram forjadas”.

Relacionamentos

Imagens de Alisob Parker e Adam Ward divulgadas pela emissora em que trabalhavamHANDOUT/REUTERS

O caso de Moneta se torna ainda mais dramático para a emissora WDBJ7 pelas relações afetivas que as vítimas mantinham com profissionais do canal.

A repórter Alison Parker estava noiva do âncora noturno da emissora, Chris Hurst. Pelo Twitter, ele se pronunciou. “Nós não divulgamos, mas Alison e eu estávamos muito apaixonados. Nós acabamos de ir morar juntos”, escreveu.

O cinegrafista Adam Ward estava noivo da produtora Melissa Ott.

“Como alguém pode roubar destas famílias, as famílias de Alison e Adam, essas vidas, suas alegrias e seus amores por qualquer motivo. Eles iluminavam o ambiente todas as manhãs”, disse o gerente-geral do canal, Jeff Marks, em tom emocionado, à “NBC News”.

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