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A importância de identificar os sinais de autismo em bebês
| Foto: Unsplash

O Dia Mundial do Autismo é celebrado anualmente em 2 de abril. Esta data foi criada pela Organização das Nações Unidas para promover a conscientização acerca do tema e por isso proponho que aprendamos a identificar alguns sinais de autismo podem passar despercebidos. Para isso, é importante estar atento às características do bebê.

Precisamos compreender que o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) afeta a área motora, cognitiva e social. É fundamental ressaltar que os sinais de autismo são individuais, mas existem alguns padrões pré-definidos que podem ser observados pelos pais desde o nascimento.

Ainda que a criança tenha seu próprio ritmo de desenvolvimento, há parâmetros universais sobre as habilidades que os bebês e crianças devem adquirir em cada fase da vida. A procura por um pediatra ou neuropediatra deve ocorrer quando atrasos aparecem de forma significativa em cada uma dessas fases.

Entretanto, é preciso ressaltar que em crianças com menos de 12 meses os sintomas podem ser confundidos com a personalidade do bebê. Por exemplo, quando a criança é muito calma, e isso pode levar seus pais a se preocuparem com a possibilidade de autismo. Em casos assim, o olhar dos pais deve ser mais atento caso perceba alguns sinais como desatenção à voz do adulto; não balbucia; o olhar não procura a mãe quando ela se afasta; falta de contato visual com a mãe no momento da amamentação e não responde com imitação ações como sorrir ou mostrar a língua.

Já os sinais de autismo entre os 12 e até os 16 meses são, por exemplo, não dar “tchauzinho” com as mãos; ausência da fala persiste; dificuldade de demonstrar desejo sobre algo; não procura com o olhar; não gosta de ser tocado e locomoção atípica, como andar nas pontas dos pés.

Ao perceber alguns sinais precoces, os pais devem procurar ajuda de um profissional, sendo este um pediatra ou neurologista infantil. Assim, será possível acompanhar e realizar um diagnóstico mais preciso. Quanto mais rápido se iniciar o tratamento, melhor será o desenvolvimento cognitivo e social da criança. É fundamental procurar um médico mesmo que seja por uma pequena desconfiança.

Luciana Brites, psicopedagoga, mestre e doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional e em Psicomotricidade, é CEO do Instituto NeuroSaber.

Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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