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O Ocidente erigiu-se da Idade Média como a civilização cristã por excelência, que – não sem muitos percalços no caminho – construiu uma sociedade fundamentada na ajuda mútua, na compaixão, no respeito, na valorização da liberdade individual. Por mais exemplos em contrário que existam, é inegável que ao menos no pano de fundo dos nossos valores estão esses que foram citados. Uma das evidências de que vivemos um período de decadência civilizacional é que valores como respeito e liberdade tornaram-se fetiches que lembram vagamente como as pessoas costumavam cultivá-los. É o progresso, minha gente! Matt Walsh, neste texto bem humorado, tira sarro da ideologia de gênero, retratando o momento de exame de ultrassom do filho, quando o médico enuncia desrespeitosamente qual é o “sexo” do bebê, digo, amontoado de células. (texto em inglês)

Onde os mocinhos não têm vez

No ambiente cultural brasileiro, há décadas presenciamos a glamourização do banditismo e a demonização da moral tradicional. O resultado social desse fenômeno apareceu em duas vertentes: por um lado, a criminalidade (e aqui não me refiro apenas à da periferia) cresceu assustadoramente – afinal, no Brasil, o crime compensa. Por outro, substituímos a moral cristã conservadora – retrógrada e machista, para alguns – por visões cristãs deturpadas, que suprimiram toda a dimensão mais viril do cristianismo, ou então por novas cartilhas morais do politicamente correto. Ou seja, o produto da cultura das últimas décadas é uma geração abarrotada de criminosos ou bunda-moles, que se escandalizam com toda represália mais severa a bandidos. Nesse cenário, não surpreende que o caso do cunhado de Ana Hickmann – que, em legítima defesa, atirou três vezes na nuca do agressor que atentava contra ele mesmo, contra sua esposa e contra Ana – tenha sido tão mal interpretado, a ponto de o sujeito ter sido indiciado por homicídio doloso! Na clave de entendimento de certas mentes brilhantes, se o sujeito não pode ser um herói, porque matou uma pessoa, só pode ser um bandido, oras!

Os homens sumiram das igrejas

Como já disse, as igrejas cristãs – sobretudo no Brasil, terra da Teologia da Libertação – não escaparam de uma leitura reinterpretativa da doutrina tradicional, que privilegia certos aspectos dos ensinamentos de Cristo em detrimento de outros. Fabio Blanco argumenta que, em virtude disso, muitos homens afastaram-se da igreja.

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