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O ex-governador do Paraná, Beto Richa, é um dos réus na Operação Quadro Negro.
O ex-governador do Paraná Beto Richa| Foto: Fernando Zequinão/Arquivo/Gazeta do Povo

O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) comemorou, em suas redes sociais, o recuo na filiação do ex-governador Beto Richa (PSDB) ao PL, partido de Jair Bolsonaro. A mudança de legenda do tucano foi cogitada nesta quarta-feira (14), após uma reunião em Brasília com a presença de lideranças nacionais e de deputados paranaenses da sigla.

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“Parabéns aos membros do PL que se indignaram com a ida de Beto Richa para o PL. Não devemos esquecer o passado, nem ignorar as prisões que foram resultado da Operação Lava Jato. O povo paranaense de direita não quer Beto Richa e não aplaude quem pediu música no Fantástico pelas três vezes que foi preso”, postou Dallagnol em seu perfil no X.

O ex-deputado fez menção às prisões de Richa ocorridas em 2018 e 2019. A primeira detenção ocorreu em setembro de 2018 durante um desdobramento da Operação Rádio Patrulha, que investigou suspeitas de fraudes relacionadas ao programa Patrulha no Campo, destinado à conservação de estradas rurais no Paraná.

Na ocasião, Richa foi solto por uma decisão de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro também concedeu um salvo-conduto ao ex-governador, de modo que Richa não pudesse ser preso novamente pelos mesmos fatos.

A segunda prisão de Richa ocorreu em janeiro de 2019 e foi solicitada pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Integração. A investigação diz respeito ao favorecimento de concessionárias de pedágio no Paraná em troca de vantagens indevidas.

Na época, o juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro se baseou na existência do que considerou serem fatos novos para driblar o salvo-conduto de Mendes. Dias depois, Richa foi novamente solto, por uma decisão proferida pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A terceira prisão ocorreu em março de 2019 no âmbito da Operação Quadro Negro. Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Beto Richa comandava a organização criminosa que realizou desvios na construção de escolas. Ele foi novamente solto em 4 de abril daquele ano após ter o pedido de liberdade aceito pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Presidente do Novo no Paraná disse que Beto Richa "não chegaria nem perto da porta" do partido

O presidente do Novo no Paraná, Lucas Santos, se manifestou contrário à candidatura de Richa por um partido de direita. Em nota enviada à imprensa, ele afirmou que “no Novo, políticos com o histórico do Beto Richa não chegariam nem perto da porta”.

Santos defendeu que a direita paranaense precisa se unir em torno de pessoas que “representem de fato os valores do campo político”. Para o presidente do Novo no Paraná, Richa estaria distante de tais princípios.

“Estamos perpetuando o PT no poder com nossas atitudes. A direita precisa se unir em torno de nomes que além de defender nossos valores, também os representem. Beto Richa está muito distante disso. Beto Richa é um dos maiores símbolos do mal que a impunidade faz à política em nosso país”, afirmou Santos.

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