Os professores da rede estadual de educação que participam da paralisação desta quarta-feira (15) terão o dia descontado dos salários, informou à Gazeta do Povo a Secretaria Estadual da Administração e Previdência (Seap). Segundo estimativas da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria, cerca de 50% dos professores teriam aderido à mobilização. Já a Secretaria de Estado da Educação (Seed) diz que 2,5% das escolas estaduais tiveram paralisação total, enquanto as unidades com paralisação parcial representariam 6,9%.
O presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, afirma que reivindicará ao governo do estado a reposição das horas não trabalhadas. “É um dia de mobilização nacional pela educação, temos o direito de manifestação e de greve com o compromisso de que nenhum estudante será prejudicado em termos de conteúdo”, diz. Segundo ele, a entidade encaminhou um ofício previamente à Seed informando da paralisação, aprovada em assembleia da categoria.
Negociações
Os servidores estaduais mantêm negociações com uma comissão do governo estadual para discutir a possibilidade data-base do funcionalismo desde o dia 29 de abril, data da última paralisação da categoria. O dia foi marcado por uma manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, que lembrava o aniversário de quatro anos da Batalha do Centro Cívico.
Antes do dia 29 de abril, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) chegou a afirmar que não havia chance de conceder reajuste aos servidores públicos do Executivo paranaense. A manifestação daquele dia, no entanto, levou o governador em exercício, Darci Piana, a abrir uma discussão sobre o tema. Duas reuniões entre o governo e o funcionalismo já foram realizadas desde então, ainda sem acordo. O próximo encontro está agendado para o dia 21.
A comissão do governo estadual, liderada pelo superintendente de Diálogo e Interação Social, Mauro Rockenbach, decidiu que não descontará o salário dos servidores que pararam no dia 29 de abril, embora exija a reposição do dia não trabalhado. A paralisação desta quarta-feira, no entanto, não está em negociação, informou a Seap por meio de sua assessoria de imprensa.
Movimento nacional
A paralisação dos professores da rede estadual nesta quarta-feira faz parte de um movimento nacional de greve pela educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), após os cortes de verbas anunciados pelo Ministério da Educação (MEC). Alunos e professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) também aderiram à paralisação e a um grande ato no Centro de Curitiba.
O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) convocou os professores da rede municipal a participar do ato, mas, segundo a secretaria municipal de educação, não houve registro de profissionais ausentes nesta manhã. A reportagem não conseguiu contato com o Sismmac.
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