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Não é só Vanuatu: 37 novos mercados foram abertos para produtos agropecuários
Paraná é o maior produtor de frangos do país.| Foto: Arquivo/Agência Brasil

Um velho conhecido do Brasil se tornou o mais novo parceiro comercial na compra de produtos avícolas brasileiros. Vanuatu, país no sul do Pacífico, tem cerca de 320 mil habitantes e, em 2022, importou US$ 69,7 mil em produtos do agronegócio brasileiro. Será o novo destino de carnes, derivados e miúdos de frango do país. A boa notícia recai, também, sobre o Paraná, estado maior produtor no setor, além de liderar nas vendas para o exterior.

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De acordo com estudo realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), no primeiro semestre o estado estabeleceu um novo recorde ao vender cerca de 1,073 milhão de toneladas, o equivalente a 41% das transações brasileiras do produto.

Para se ter uma ideia do domínio do Paraná, o estado superou em quase o dobro o total de embarques do segundo colocado, Santa Catarina, que registrou 545,5 mil toneladas.

Segundo Fábio Mezzadri, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, que acompanha a cadeia das aves, a abertura de um novo mercado tende a representar uma oportunidade de atingir recordes e de explorar um novo potencial. O sistema Faep/Senar é composto pelaFederação da Agricultura do Estado do Paraná, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná e por sindicatos rurais.

Vanuatu, apesar de pequeno no mapa, é um grande importador de margarina do Brasil e, em 2022, contribuiu com quase US$ 70 mil em produtos do agro brasileiro. Agora, com a chance de comprar frangos e derivados, certamente, o Paraná se coloca em uma posição vantajosa, por mais que não se saiba, ainda, de onde saíram os produtos e com quais tipos de corte”, explica.

Mezzadri afirma que, de 2012 para cá, houve um aumento de 70% na exportação de carne de frango do Paraná, o que consolidou o estado como potência na avicultura e fonte essencial de sucesso para o setor agropecuário. Para ele, o primeiro lugar será, por um bom tempo, a posição do estado nesse quesito.

“A liderança do estado é inquestionável e, por enquanto, inalcançável. O estado de Santa Catarina, que vem na segunda posição, exporta e produz metade. Isso se transforma em uma distância muito grande e o Paraná seguirá nessa ponta", analisa.

Não é só Vanuatu: Brasil tem 37 novos mercados externos

Além de Vanuatu, a Indonésia (bovinos para engorda, farinhas de subprodutos de aves e de penas, óleo - aves; farinhas de carne), República Dominicana (carne, produtos cárneos e miúdos de bovinos e suínos), México (gordura suína para alimentação animal) e Arábia Saudita (carne e produtos cárneos de caprinos) completam os mercados abertos mais recentes. O último da lista, inclusive, foi resultado da última viagem dos representantes do Ministério da Agricultura àquele país.

Entretanto, a abertura de mercado não resulta no envio imediato dos produtos. É necessário um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas específicas de cada um desses novos compradores. Isso se inicia, por exemplo, com a procura dos estabelecimentos brasileiros para verificar as condições de habilitação para exportação.

Japão volta a comprar frangos e ovos do Brasil

Simultaneamente, além das novas oportunidades, o Brasil recupera um importante comprador que desde o dia 17 de julho havia suspendido, de forma temporária, a aquisição de carnes de frango e ovos: o Japão.

Com o retorno das compras na última sexta-feira (18), os governos atenderam a um protocolo acordado com o país asiático, em que se faz necessário aguardar um prazo de 28 dias em que são feitas análises pelas autoridades japonesas para que o mercado seja reaberto.

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