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Situação das estatais do governo do Paraná sempre aparece nos debates eleitorais. | Montagem/Arquivo Gazeta do Povo
Situação das estatais do governo do Paraná sempre aparece nos debates eleitorais.| Foto: Montagem/Arquivo Gazeta do Povo

Ao menos no discurso, Copel e Sanepar estão garantidas como empresas públicas nos próximos anos. É o que dizem os pré-candidatos ao governo do Paraná, entrevistados pela Gazeta do Povo. As estatais já estiveram próximas da privatização no passado e, por isso, em toda a campanha eleitoral o assunto volta à tona.

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Apesar da pressão dentro do próprio governo para liberar ativos – ou seja, negociar ações e com isso aumentar a disponibilidade financeira –, o ex-governador Beto Richa declarou que não estava disposto a privatizar as companhias. As duas estatais ofertam ações em Bolsa de Valores e o governo do Paraná fica com boa parte da divisão dos lucros.

Dependendo de quem vá assumir o comando do Palácio Iguaçu no próximo ano, o perfil de gestão das empresas públicas pode mudar sensivelmente. Contudo, nenhum pré-candidato manifestou intenção de passar o negócio para a iniciativa privada.

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Veja abaixo o que disse cada pré-candidato sobre a possibilidade de privatização das estatais paranaenses: 

Cida Borghetti (PP), governadora

“Não. Isso [privatização] está fora de cogitação. Copel e Sanepar são duas companhias reconhecidas internacionalmente. Os números de ambas são positivos e ajudam o desenvolvimento do estado.”

Jorge Bernardi (Rede), ex-vereador de Curitiba

“Em hipótese alguma vamos privatizar Copel e Sanepar, isso é impensável. A Copel é um patrimônio do povo do Paraná e a maior empresa do Sul do Brasil. Ela precisa – e já está fazendo isso – partir para novas matrizes energéticas, como eólica, solar, biomassa. E a Sanepar, embora tenha parte do seu capital privado, tem uma função social muito importante, que é a área de saneamento. Também é preciso manter as tarifas sociais, sobretudo para as pessoas mais pobres.”

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Osmar Dias (PDT), ex-senador

“Tem de rever a taxa social da água, porque era de 10 metros cúbicos o consumo mínimo e baixou para cinco. Muita gente foi excluída, porque cinco metros cúbicos é um gasto muito pequeno. Tem de voltar a dez. Tem de parar de vender ações de empresas estratégias, como Copel e Sanepar. Eu fui para a rua para impedir a privatização da Copel naquela época [em 2001].”

Ratinho Jr. (PSD), deputado estadual

“Copel e Sanepar não se vende, primeiro porque estão bem tocadas, com uma boa saúde financeira e prestando um bom serviço ao cidadão. E, além disso, envolvem questões de estratégias sociais para o desenvolvimento do estado. São duas áreas, portanto, que nós não podemos mexer. Mas as demais [estatais] têm de ser discutidas. Nós temos de repensar o modelo da gestão pública para o cidadão. Se a máquina pública for menor e mais eficiente, possivelmente o dinheiro do cidadão será melhor investido.”

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Roberto Requião (PMDB), senador

“Em princípio, eu acabava com essa história de duplicar a distribuição de lucros para os sócios privados. O que eu fiz? O sócio majoritário da Copel e da Sanepar é o estado. Então, quando você atribui um valor de distribuição de lucros, o estado recebe. Eu nunca recebi a parte do estado. A parte do estado era investida na própria empresa para melhorar a qualidade da água e da energia.”

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