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Richa (à esq.), Temer (ao centro) e Toninho Wandscheer | Marcos Corrêa/PR
Richa (à esq.), Temer (ao centro) e Toninho Wandscheer| Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), assinou na tarde desta segunda-feira (4) o ato que confirma o aval da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) ao governo do Paraná para obtenção de mais um empréstimo internacional. Trata-se de US$ 235 milhões (cerca de R$ 760 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que o governo do Paraná pretende gastar com obras de infraestrutura.

A partir da assinatura do Executivo, e da publicação em Diário Oficial, o pedido de autorização para empréstimo externo é enviado ao Senado. Só com a aprovação dos senadores, o dinheiro é efetivamente disponibilizado ao Paraná. De acordo com o coordenador da bancada do Paraná, deputado federal Toninho Wandscheer (Pros), a expectativa é que o Senado vote o texto já na próxima semana, antes, portanto, do recesso parlamentar. 

Trata-se do quinto empréstimo internacional do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), durante os quase sete anos de mandato. Desta vez, o tucano participou em Brasília do ato de assinatura do presidente Temer, no Palácio do Planalto, ao lado de deputados federais do Paraná e lideranças, afinados com a gestão do tucano. O encontrou durou menos de uma hora.

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Segundo o coordenador da bancada do Paraná, a audiência foi marcada com o presidente Temer exclusivamente para tratar do empréstimo do BID. Não houve, segundo ele, nenhuma conversa sobre reforma da Previdência e o apoio da bancada de parlamentares ao texto. “Eu que pedi a audiência para o presidente Temer. E aí aproveitamos para demonstrar nosso apoio a ele, e ao governo do Paraná”, comentou Toninho. 

“Foi um gesto de atenção à bancada, que tem apoiado o governo federal, e uma deferência ao Paraná”, resumiu o chefe do Escritório do Paraná em Brasília, Luciano Pizzatto.

O Planalto tem feito uma última ofensiva junto ao parlamento para tentar votar a reforma da previdência ainda em 2017. Entre as estratégias já adotadas, está a de convencer governadores de estados a tratarem sobre o tema com seus aliados na Câmara dos Deputados.

Na bancada do Paraná, há dissidências desde o início da gestão Temer até aqui, mas, de modo geral, o grupo permanece entre os mais fieis ao presidente. Considerando a posição dos paranaenses em outras votações na Casa, ao menos cerca de dois terços da bancada, que é formada por 30 integrantes, deve votar a favor da reforma da previdência, como deseja o Planalto.

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Quase 20 legendas integraram a coligação que sustentou a candidatura do tucano Beto Richa à reeleição, em 2014: Pros, DEM, PSB, PSD, PTB, PP, PPS, PSC, PR, SD, PSL, PSDC, PMN, PHS, PEN e PTdoB. Em tese, portanto, do total de 30 deputados federais do Paraná, apenas nove parlamentares não fazem parte da aliança. Dos nove políticos, quatro são do PMDB do presidente Temer.

Empréstimos

Desde o primeiro ano do primeiro mandato, em 2011, até agora, o governo do Paraná já fez quatro operações de crédito externa. O primeiro empréstimo – de US$ 350 milhões – foi assinado em 12 de dezembro de 2013 com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). O dinheiro foi reservado para diferentes áreas. Em seguida, o governo estadual obteve outros dois empréstimos, daí junto ao BID, ambos assinados em 6 de agosto de 2014: US$ 60 milhões para o “Família Paranaense” e US$ 8,5 milhões para programas de gestão tributária e financeira. Em 12 de janeiro de 2017, foi feita a quarta operação de crédito, também com o BID: US$ 67,2 milhões para o “Paraná Seguro”.

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