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| Foto: Vagner Campos/ Fotos Públicas

“Marina Silva é exclusivamente ela”. A frase, ao contrário do que parece, não é crítica. E foi dita por um dos dois deputados da diminuta bancada da Rede Sustentabilidade – partido fundado pela ex-ministra de Lula: Miro Teixeira (Rede-RJ), o decano da Câmara. É o deputado com maior número de mandatos, 11 ao todo. Com os dois parlamentares, a Rede detém 0,4% de representação na Câmara.

A presidenciável que faz quase uma opção pelo silêncio obsequioso de destacou na pesquisa do Datafolha divulgada no último domingo (15). Sem Lula na disputa, ela lidera e vence qualquer outro candidato no segundo turno. 

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Mas o que faz de Marina esse relativo sucesso nos inícios de cada jornada de disputa eleitoral? Na resposta de Miro, ela mesma. Por que partido, a presidenciável não tem. Das 26 legendas com deputados na Câmara, a Rede com sua bancada de dois – além de Miro tem o ex-judoca João Derly (RS) – é a 25ª no quesito quantidade de parlamentar. Só perde para o inexpressivo Partido Pátria Livre (PPL), que tem como presidenciável João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart. 

"Mas é isso mesmo. A Marina está onde está por conta dela. Não temos senadores, deputados, prefeitos e vereadores. É ela. Exclusivamente ela. Se reparar os candidatos que estão na frente, exceto o Lula porque esse é uma entidade, eles não têm estrutura partidária. Digo a Marina, o Bolsonaro e o Joaquim Barbosa. E estrutura partidária não ganha eleição. Do contrário, Ulysses Guimarães, do majestoso PMDB, teria vencido em 1989", disse Miro. 

Sobre uma eventual aliança com Joaquim Barbosa, Miro deixa claro que só se for com Marina na cabeça de chapa. "É algo que não é cogitado. Mas, lá para frente, se for, será a partir da Marina. Sem dúvida", completou. 

Apoiador de uma candidatura atrelada ao PT, o deputado Silvio Costa (Avante-PE) não enxerga consistência no desempenho de Marina, que sempre larga na frente nas pesquisas eleitorais. "É natural em Marina esses votos agora. Ainda mais sem o Lula. Ela tem uma história semelhante à do ex-presidente. Mas é preciso saber quanto disso (da declaração dos votos em Marina) é consistente. É voto duro? De verdade, que vai até o fim. Acho o Joaquim Barbosa bem mais consistente", afirmou Costa, que aposta que o lulismo – e não o petismo – vai levar o candidato do PT ao segundo turno. 

Marina Silva, não é de hoje, tem dificuldades de relacionamento com parlamentares. Prefere o recolhimento. Não à toa seu partido não cresce na Câmara. Ainda enfrentou esse ano a corrida pelo dinheiro do fundo partidário, prometido por outras legendas para tirar deputados dos concorrentes. Para crescer a esse preço, a Rede prefere ficar com sua pequena bancada, diz Miro.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa eleitoral do Instituto Datafolha foi feita entre os dias 11 e 13 de abril. Foram entrevistados 4.194 brasileiros com 16 anos ou mais em 227 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-08510/2018 e foi encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo.

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