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Rodrigo Janot alegou que Aécio Neves faz “uso espúrio do poder político”, desrespeitando ordem do Supremo. | Andressa Anholete/AFP
Rodrigo Janot alegou que Aécio Neves faz “uso espúrio do poder político”, desrespeitando ordem do Supremo.| Foto: Andressa Anholete/AFP

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reforçou o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por entender que o parlamentar continua exercendo funções políticas, contrariando decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que o afastou do cargo no dia 18 de maio. As informações são da Agência Brasil.

Ao reiterar o pedido, Janot citou uma postagem no Facebook feita por Aécio no dia 30 de maio, em que o senador afastado aparece em uma foto acompanhado dos senadores Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB) e José Serra (SP), colegas de partido. “Na pauta, votações no Congresso e a agenda política”, escreveu Aécio na legenda.

Segundo Janot, Aécio Neves faz “uso espúrio do poder político” e isso é possibilitado pelo “aspecto dinâmico de sua condição de congressista representado pelo próprio exercício do mandato em suas diversas dimensões, inclusive a da influência sobre pessoas em posição de poder”.

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O procurador-geral argumenta que o senador afastado pode atrapalhar as investigações, pois tem plena liberdade de movimentação e de acesso a pessoas e instituições, “o que lhe permite manter encontros indevidos em lugares inadequados”.

O julgamento do pedido de prisão de Aécio pelo STF está marcado para a próxima terça-feira, dia 20. O pedido da Procuradoria será analisado pela Primeira Turma da corte.

Em nota, a assessoria de Aécio informou que o senador afastado tem cumprido integralmente a decisão do ministro Edson Fachin e se mantém afastado das atividades parlamentares. “Entre as cautelares determinadas não consta o impedimento de receber visitas e discutir como cidadão, e não como parlamentar, assuntos diversos”, diz o texto.

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