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Presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, cobra ações efetivas do governo federal contra prejuízos causados por desastres naturais.
Presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, cobra ações efetivas do governo federal contra prejuízos causados por desastres naturais.| Foto: Eduardo fs Lima / Agência CNM

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informou, neste domingo (5), que as tempestades e enchentes no Rio Grande do Sul já causaram mais de R$ 559,8 milhões em prejuízos financeiros, e esse valor ainda é apenas uma estimativa com base nos dados de 19 municípios gaúchos. A entidade também lamentou a tragédia nos municípios que já causou uma série de perdas e "danos irreparáveis".

"Esse montante, porém, se refere apenas aos danos já levantados e disponibilizados por 19 Municípios dentre os 170 que registraram seus decretos no sistema de Defesa Civil nacional; sendo que já são mais de 330 Municípios afetados, segundo a Defesa Civil do Estado. Ou seja, os danos serão infinitamente superiores aos já apontados", informou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, por meio de uma nota.

Segundo Ziulkosky, ao longo dos últimos anos, "são inúmeros os municípios que foram impactados por desastres e nunca conseguiram se reconstruir por falta de apoio financeiro". "De 2013 a 2023, 94% dos Municípios registraram ao menos um decreto de anormalidade em decorrência de desastres", disse.

Na nota, Ziulkosky lembrou o Ciclone Extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul, em setembro do ano passado, e que "levou à morte de 51 pessoas e causou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos financeiros". Porém, ele reforçou que do total de prejuízos, o governo Lula "prometeu o montante de R$ 741 milhões, mas repassou apenas R$ 81 milhões, o que representa 11% em relação ao prometido, sendo que parte desse recurso ainda se refere a repasses indiretos".

"Os cidadãos brasileiros dos Municípios afetados estão cansados de receber visitas de autoridades federais e estaduais, prometendo apoio e recursos, como agora se realiza, mas sem ver efetivadas ações concretas de reconstrução e prevenção de novos desastres", declarou.

Ziulkosky ainda lembrou que somente no ano passado, "os desastres afetaram 37,3 milhões de pessoas em todo Brasil, sendo 258 mortos, 126.345 desabrigados e 717.934 desalojados". E ressaltou que o prejuízo foi de R$ 105,4 bilhões no país. "Neste mesmo ano, o governo federal autorizou R$ 1,4 bilhão para ser investido em gestão de riscos e desastres aos Municípios para ações de proteção e Defesa Civil, porém, só pagou R$ 545 milhões, correspondendo a 39% do valor autorizado", disse.

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que começaram em 27 de abril, já causaram 83 mortes e deixaram 121.957 desalojados de acordo com atualizações da Defesa Civil do estado na manhã desta segunda-feira (6).

"O momento, sem dúvida, é de pressa para salvar as pessoas que encontram-se ainda em situação de risco de vida. Mas o momento é também de urgência para que medidas concretas sejam adotadas em nosso país. É preciso uma ação federativa coordenada e que envolva União, Estados, Municípios, e os três Poderes. Os gestores municipais não podem mais ficar sozinhos em meio a essas tragédias", reforçou Ziulkosky.

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