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A estranha seletividade das ONGs dos direitos humanos
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Fonte: GLOBO

É isso o mais revoltante de tudo. Bandidos matam inocentes ou policiais em serviço, e ninguém das ONGs dos direitos humanos aparece. Um bandido é vítima de alguma coisa, todos saem da toca e causam uma celeuma. Por que tanta seletividade? Por que esta preferência escandalosa pelos marginais?

Vejam esse caso da mãe da policial morta na UPP do morro do Alemão, no Rio. Perguntem se algum sociólogo foi lá consolar a pobre mulher. Perguntem se o senador Eduardo Suplicy fez discursos sobre as atrocidades humanas. Nada. Nem uma só palavra. Como diz a reportagem do jornal:

Aos 27 anos, a soldado da PM Alda Rafael Castilho era o orgulho da família e a realização de um sonho. Era a primeira de um lar humilde da Baixada Fluminense que estava cursando o ensino superior (fazia psicologia) e tinha uma carreira promissora pela frente. No último domingo, ela morreu com um tiro, durante um ataque de bandidos à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Parque Proletário, no Complexo do Alemão. Se a dor da perda é devastadora, a falta de indignação da sociedade tem abalado ainda mais a família. Principalmente a mãe da PM, a empregada doméstica Maria Rosalina Rafael Castilho, de 59 anos. Ela se queixa de não ter sido procurada por nenhuma ONG ligada aos direitos humanos. 

Se eu fosse mãe de bandido, as ONGs teriam me procurado imediatamente. Parece que eles (os bandidos) têm mais valor. Mas a minha filha era uma cidadã honesta, que saía todo dia às 4h30m para trabalhar, estudava e sonhava em ser psicóloga da PM — reclama Maria Rosalina.

O coordenador do grupo AfroReggae, José Júnior, que sempre denunciou abusos cometidos por policiais, também reclamou da falta de indignação.

Por ela ser uma policial, ninguém se indignou. Mas, se ela não fosse policial e estivesse num bar em frente, a repercussão do caso teria sido outra — diz José Júnior. — Não vi as pessoas das ONGs falarem da morte da policial. Ninguém da área dos direitos humanos se manifestou.

Num post de grande repercussão na internet, ele escreveu: “Só vi a polícia e o secretário de Segurança se manifestando. Todos nós nos calamos. Eu acho que ninguém merece morrer. A nossa passividade em aceitar essas baixas é vergonhosa”.

É esse o cerne da questão! Ninguém aguenta mais este duplo padrão, esse foco prioritário nos bandidos. Ninguém suporta mais a esquerda defendendo bandidos e justificando o crime com base na pobreza. Ninguém tolera mais a visão de “coitadismo” quando meliantes vão em cana, enquanto o indivíduo trabalhador e, sim, também pobre rala feito condenado para ter de viver com medo de marginais e vagabundos.

Até quando? Até quando esses irresponsáveis defensores de bandidos vão levar adiante essa visão distorcida de mundo, que apenas alimenta o sentimento de impunidade? Até quando esse pessoal vai fomentar a revolta na população ordeira, a ponto de fazê-la aplaudir “justiceiros” e “vingadores”? Até quando? Até o circo pegar fogo de vez? Até a anomia tomar conta geral da sociedade e esgarçar todas as nossas instituições?

Que a mãe de Alda saiba que não está só. Se as ONGs dos “direitos humanos” não se manifestaram em solidariedade à sua dor, milhões de brasileiros decentes compartilham dela, indignam-se e se revoltam com essa situação absurda. Não colocamos máscaras de criminosos para posar de esquerda caviar chique, e não condenamos a polícia como instituição.

Ao contrário! Sabemos como a vida dessa brava gente é dura, e como se não bastasse, eles precisam aturar essas ONGs e os artistas e “intelectuais” cuspindo diariamente em seu trabalho, aplaudindo os marginais que colocam em risco suas vidas. Tudo isso, claro, regado muitas vezes à cocaína que financia o traficante, justamente aquele que ameaça a vida desses policiais.

Portanto, Maria Rosalina, registro aqui meus pêsames pela sua perda, e tenho certeza de que falo em nome de milhões de brasileiros honestos, que ainda valorizam o trabalho sério e as pessoas que se dedicam a enfrentar os vagabundos e marginais dentro do Estado Democrático de Direito.

Rodrigo Constantino

 

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