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A única coisa que o socialismo não consegue racionar é a prostituição
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Em Cuba nenhuma criança dorme na rua, diz o slogan socialista. Por outro lado, várias se prostituem em troca de um prato de comida. O socialismo é assim mesmo, sempre e em todo lugar: prateleiras vazias, racionamento para tudo, menos prostituição, que costuma proliferar como fruto do desespero e da miséria. Venezuela que o diga…

Seguindo a passos largos o modelo cubano, agora a Venezuela criou uma função nova para as prostitutas: agentes de câmbio. Isso mesmo: as prostitutas lucram mais operando o proibido dólar do que o sexo. É o que diz a reportagem da Exame:

As prostitutas mais que duplicam seus ganhos fazendo um bico como operadoras de câmbio em Puerto Cabello. Elas são o balcão de troca de moedas para marinheiros em um país onde comprar e vender dólares nas ruas é crime — e a prostituição não.

No mercado negro, os dólares valem 11 vezes mais que pela taxa oficial, pois se tornaram mais escassos em uma economia que importa 70 por cento dos produtos que consome.

“O dólar é rei nesses dias, mas possuí-los tem um preço”, disse Elena, que usa um pseudônimo para proteger sua identidade, em um quarto que ela aluga em um bordel de Puerto Cabello no fim do mês passado.

“Sim, nós conseguimos dólares para pagar as coisas que nossas famílias precisam, mas temos que vender nossos corpos para isso”.

[…]

A escassez de dólares está transformando a Venezuela em uma sociedade de duas camadas semelhante à União Soviética e a Cuba, disse Steve Hanke, professor de Economia Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore.

Aqueles com acesso a dólares, como prostitutas, agentes de turismo, motoristas de táxi de aeroporto e expatriados são capazes de se defender da inflação negociando seus dólares a taxas cada vez mais elevadas.

Aqueles que não podem fazê-lo estão vendo seus padrões de vida caírem.

Tudo aquilo que é mercado paralelo floresce em regimes socialistas. Ao tornar ilegal o próprio funcionamento do livre mercado, esses regimes fomentam o mercado negro para tudo, inclusive coisas tão básicas como comprar moeda estrangeira.

Nada novo sob o sol. O mais irônico é que a esquerda repete que Cuba era um grande prostíbulo americano antes da revolução comunista de Fidel Castro. Nada disso. Cuba é hoje um grande bordel, além de refúgio para o tráfico de drogas. A Venezuela não quer ficar atrás. A prostituição, turbinada pelos dólares desejados e proibidos, é a atividade que mais cresce no país.

Mas nem tudo é desgraça. Basta aprender com a Itália e incluir tais atividades no cálculo do PIB, para estancar a crise produzida pelas intervenções estúpidas do próprio governo…

Rodrigo Constantino

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