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Apoio ao criminoso Lula mostra como artistas engajados desprezam a Justiça
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Como alguém consegue defender Lula depois de tudo? A pergunta precisa ser feita, e não necessariamente precisamos ser cínicos para buscar a resposta apenas na conta bancária. Sim, sem dúvida há muitos artistas pendurados na Lei Rouanet, de olho no jabá, no esquema, no patrocínio “cultural”, na mamata. “Follow the money” costuma ser um com começo investigativo. Isso é parte do fenômeno, com certeza, e Felipe Moura Brasil tocou no ponto quando provocou os jornalistas:

Mas o fenômeno é maior do que isso, ultrapassa a conta bancária, chega ao nível da fé religiosa, do vício no ópio dos intelectuais, na ideologia. Artistas adoram, esteticamente falando, a narrativa de um pobre operário que vai lutar contra as elites poderosas e defender o socialismo igualitário. Isso é simplesmente irresistível para alguns, como o crack é para outros.

Lula chegou ao poder e vários desses tiveram orgasmos de emoção. O que se seguiu não importa. O fato de a economia brasileira ter sido destruída não vem ao caso, os maiores escândalos de corrupção terem pipocado é um mero detalhe, os fatos não têm relevância. A esquerda radical vive da estética, da narrativa, da fé ideológica, dos discursos sensacionalistas.

E nessa narrativa Lula é uma vítima de perseguição das elites golpistas, enquanto o juiz Sergio Moro é um agente da CIA (sempre tem que ter os ianques no papel de vilões nessas narrativas). Os artistas se agarram a isso como um leitor fanático de H.G. Wells acredita na viagem no tempo. Entraram no mundo de ficção e de lá não conseguem mais sair. Por isso ignoram o que Guilherme Fiuza apontou com lógica:

A prova de que não podemos reduzir tal apoio ao esquema de simbiose com o estado está na abrangência internacional do troço. Oliver Stone não vive de Lei Rouanet, mas resolveu assinar manifesto em defesa de Lula também, com outros artistas do mesmo grau de boçalidade. São os mesmos que apoiam Maduro na Venezuela também, ou o regime iraniano, ou o comunismo.

O manifesto que diz que a eleição sem Lula é fraude foi publicado em diversos idiomas, pois a extrema-esquerda é um fenômeno global e unido. A estupidez é universal! Parafraseando Marx, mas adaptando para a realidade, poderia ser dito algo assim: “Intelectuais e artistas engajados do mundo todo, uni-vos!” Os trabalhadores ficam de fora, pois estão ocupados demais trabalhando para sustentar essa elite vermelha.

Eis o que une de Noam Chomsky a Chico Buarque, portanto: a ideologia. Claro, são todos hipócritas, como mostrei em Esquerda Caviar, pois não aceitariam viver sob os “princípios” que pregam, sempre aos outros. Mas não é uma mera questão monetária, como alguns pensam. É algo mais profundo, que vai mais fundo nas emoções dessa turma.

Eles simplesmente não conseguem abrir mão de mais uma dose, de uma pedrinha extra de crack intelectual. Se há um tirano comunista em apuros, se em algum canto do planeta um camarada está em dificuldades, se num país de terceiro mundo qualquer um líder socialista foi condenado pela Justiça e pode ir preso, os artistas engajados se juntam para cuspir na “moral burguesa”, nas instituições republicanas e na própria democracia, tudo para preservar a ilusão, a narrativa ideológica.

Chico Buarque, Wagner Moura, Gregorio Duvivier, Tico Santa Cruz, Noam Chomsky, Oliver Stone, Sean Penn e tantos, tantos outros, do Projaquistão a Hollywood, são todos farinha do mesmo saco podre: o saco comunista, a escória da humanidade que sempre estará lá, disposta a defender o indefensável, a babar o ovo de algum ditador socialista qualquer, a fazer um filme enaltecendo algum guerrilheiro assassino como se fosse herói.

É compreensível sentir raiva, pois esse pessoal exerce alguma influência – cada vez menos com as redes sociais – e com isso ajudam a destruir a vida de milhões de pessoas. Mas, acima de tudo, acho que o sentimento deve ser de comiseração, como temos diante de um viciado na cracolândia. Um sujeito ter que defender Lula mesmo depois de tudo que todos já sabem, por não conseguir agir diferente, é mesmo um atestado de fraqueza, de covardia, de uma miséria humana tão grande que é digna de pena.

Rodrigo Constantino

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