• Carregando...
| Foto:
Pobres colombianos são despejados por governo socialista sob silêncio cúmplice da esquerda. Fonte: Folha Pobres colombianos são despejados por governo socialista sob silêncio cúmplice da esquerda. Fonte: Folha

Primeiro, a notícia:

Dezenas de barracos em Pequeña Barinas, favela do município de San Antonio del Táchira, que costeia a fronteira com a Colômbia, têm a letra “D” pintada na fachada principal.

É assim que o governo chavista marcou, nos últimos dias, as casas de imigrantes colombianos que serão demolidas nos próximos dias sob pretexto de abrigarem contrabandistas e paramilitares. Outras casas foram marcadas com a letra “R”, de revisada. Significa que não serão destruídas —por enquanto.

A operação é parte de um pacote de medidas drásticas anunciadas na semana passada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em resposta a um ataque atribuído a milicianos colombianos que feriu três soldados venezuelanos na fronteira.

Maduro ordenou o fechamento de vários postos de passagem entre os dois países, decretou estado de exceção na região e enviou 1.500 soldados para conduzir uma operação que parece destinada a semear terror e pânico entre a comunidade colombiana instalada na área há anos.

Segundo o Serviço de Migrações da Colômbia, 1.126 colombianos foram arrancados de suas casas e deportados até a tarde de terça (25). Os que escaparam da expulsão estão saindo por conta própria, em virtude de uma pressão que consideram insuportável.

Depois, a pergunta: alguém viu Guilherme Boulos, o líder do MTST, aquele que se acha um jacobino tupiniquim que guiará os “sem-teto” rumo ao paraíso, mas que atrai aplausos apenas de dondocas burguesas que leem a Folha, o filhinho de papai que cursou economia para se transformar num invasor de propriedade privada, o companheiro do Lula e de Dilma, alguém viu – perguntava eu – esse ilustre camarada dos pobres e oprimidos por aí?

O governo chavista bolivariano despeja pobres colombianos como se fossem bichos, toma suas propriedades, pequenas casas em favelas, barracos, da maneira mais absurda possível, e o protetor dos descamisados latino-americanos não tem uma só palavra para dar de apoio aos pobres e de repúdio ao governo opressor e cruel da Venezuela? É isso mesmo? Silêncio? Um ensurdecedor silêncio?

Claro, sabemos que Boulos não tem uma agenda realmente em prol dos pobres, e sim uma causa ideológica a cumprir, e ela blinda seus camaradas de qualquer ataque, pois o que interessa é avançar na luta revolucionária socialista. Se o preço a pagar forem alguns novos sem-tetos colombianos, paciência! É um preço baixo demais em nome do paraíso terrestre, o socialismo. Se não foi o do século XX, e também não está sendo o do século XXI, não tem problema: sempre haverá o do século XXII. Morrem suas vítimas, mas a utopia nunca morre!

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]