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A chamada na VEJA pergunta se o fracasso relativo do novo “Caça-Fantasmas” se deve às férias escolares ou ao “machismo” dos conservadores. Diz a reportagem:

Tanto falatório em torno de Caça-Fantasmas parece não ter contribuído para uma boa performance do longa no cinema — ou talvez tenha até prejudicado o desempenho do filme, que estreou nos Estados Unidos em segundo lugar e, no Brasil, na mísera quarta posição em bilheteria. A produção, que vinha encarando narizes torcidos por ter um quarteto feminino à frente, em vez de Bill Murray e companhia, pode ter sido prejudicada pr aquilo que a equipe do filme tem chamado de “machismo” de antigos fãs conservadores. Ou simplesmente pelas férias escolares, visto que, tanto nos EUA como aqui, o longa perdeu para filmes que fazem a alegria da criançada.

No circuito americano, Caça-Fantasmas ficou atrás de Pets: A Vida Secreta dos Bichos, animação da Universal Pictures prevista para o fim de agosto no Brasil. Já no circuito nacional, o remake perdeu para Procurando DoryEra do Gelo 5 eCarrossel 2, todos voltados para o público infantojuvenil.

Nos EUA, o longa faturou 46 milhões de dólares neste primeiro fim de semana. A receita arrecadada no Brasil ainda não foi divulgada. No mundo todo, o filme fez 65 milhões de dólares. Seu orçamento é de 144 milhões de dólares.

Confesso: não vi o filme. Confesso ainda: não tenho muita vontade de vê-lo. Confesso também isso: sou um “machista” incurável, conservador terrível, se por isso se entende aquele que não tem saco para a agenda feminista que politiza tudo. Vários filmes têm passado por “remakes”, e quase sempre a nova edição é pior do que a original. O motivo? Precisa se adequar aos novos tempos politicamente corretos. E como isso é chato!

Li, mas não sei se é verdade, que até a cena do Indiana Jones em que o sujeito fica ostentando suas habilidades com espadas, apenas para levar um tiro curto e grosso seguido da cara de desprezo de Harrison Ford, teria sido cortada de novas edições. O mundo está muito pentelho, eis a verdade!

O cigarro precisa ser cortado, qualquer sinal de “machismo” também, assim interpretado por mulheres recalcadas e quase sempre encalhadas, a linguagem deve passar por um processo minucioso de corte de qualquer possibilidade de “ofensa”, os heróis devem sempre representar uma grande variedade de “minorias” e os vilões só podem ser “homens brancos heterossexuais”, e por aí vai.

Não vi o filme em questão, mas vi o trailler, e achei um saco, totalmente forçado e sem graça. A turma do mimimi não gosta de assumir erros, de aceitar seus fracassos como lição para crescer e melhorar. É do tipo que sempre necessita de um bode expiatório, transferindo culpa e responsabilidades para ombros alheios. O mundo é violento por conta da direita xenófoba; os terroristas explodem crianças por causa do Trump ou do lucro capitalista; sou um fracassado sindicalista medíocre porque o empreendedor é rico; etc.

A única coisa que essa gente não aceita é uma autocrítica, é refletir com honestidade diante de um espelho. O filme fracassou? A nova fórmula feminista não deu certo? A arrecadação ficou aquém do almejado, a despeito de todo gasto com publicidade? Ora bolas: será que não é pelo simples motivo de que o público não gostou dessa porcaria?! Talvez seja o resultado quando se tenta politizar demais o entretenimento, não?

Rodrigo Constantino

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