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Incentivos perversos – artigo de hoje na Gazeta do Povo
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O brasileiro está anestesiado com tanto escândalo de corrupção vindo à tona. Ocorre num ritmo tão frenético que seu efeito pode ser o contrário do ideal: podemos banalizar o fenômeno, jogar todos no mesmo saco podre e adotar postura cínica quanto à política. Mas não precisa ser assim. Há possibilidade de se resgatar a moralidade na coisa pública.

O primeiro passo é separar o problema conjuntural do estrutural. Parece inegável que tudo piorou bastante com a chegada do PT ao poder. A corrupção sempre existiu, mas com os petistas ela chegou a uma escala jamais vista. O partido institucionalizou a corrupção, seguindo sua máxima revolucionária de que os “nobres” fins justificam quaisquer meios. Basta ver que até hoje há petista que não considera errado roubar pela causa.

Logo, tirar o PT do poder definitivamente é um passo importante para atacar o problema conjuntural. Mas não vai resolver tudo. E o motivo é evidente: o mecanismo de incentivos é perverso no setor público. Ao lidar com o dinheiro da “viúva”, os políticos não contam com o escrutínio dos donos desses recursos, como ocorre na iniciativa privada entre executivos e acionistas.

Para piorar, o político quer sobreviver em seu cargo, ser reeleito, e por isso acaba focando o curto prazo, adotando visão míope de populista que pensa nas próximas eleições, em vez de estadista que pensa nas próximas gerações. Por isso costuma prometer muitas coisas sem se importar com quem paga a conta.

Leia mais aqui.

Rodrigo Constantino

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