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O "barba vermelha" e o "barba"
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Estou de olho, Barba. Não vá me decepcionar... Estou de olho, Barba. Não vá me decepcionar…

Lendo o livro A Vida Secreta de Fidel, de Juan Reinaldo Sánchez, membro da equipe de segurança pessoal do ditador cubano por vários anos e hoje exilado em Miami, eis que nosso conhecido “barba” aparece em cena, acompanhado de outro famoso “barba”. Segue o trecho (páginas 94 e 95):

Apelidado Barbarroja, justamente por causa de sua barba vermelha, esse grande espião, mais esperto que uma raposa, tinha a missão de localizar, recrutar e formar simpatizantes da Revolução Cubana, fossem eles estudantes, sindicalistas, professores universitários, políticos ou até mesmo empresários. O objetivo: criar, em todo o continente e pelas gerações futuras, agentes de influência e propaganda, inclusive infiltrados nos governos.

[…]

Um dia, vi Barbarroja chegando a passos largos à antessala de Fidel no Palacio. Vinha acompanhado do sindicalista brasileiro Lula, que concorria pela primeira vez à presidência de seu país. Estávamos em 1989. A campanha eleitoral estava no auge no Brasil, e aparentemente Lula achou útil passar por Havana para se encontrar com Fidel. As primeiras palavras de Barbarroja ainda ecoam em minha memória: “Apresento-lhe o futuro presidente do Brasil”, bradou. Sua profecia se cumpriu, mas treze anos depois. O espião principal nunca ficou sabendo: morreu num acidente de carro em 1998, no momento em que pretendia escrever suas memórias. Lula, por sua vez, que se tornou presidente do Brasil de 2003 a 2010, nunca foi ouvido expressando a menor crítica, a menor reserva ao regime castrista, que, durante seu mandato, deteve dezenas de prisioneiros políticos… Pior: em 2010, quando o dissidente cubano Orlando Zapata morreu na prisão depois de uma greve de fome, Lula, que estava em Cuba, declarou que não concordava com esse tipo de método. Ele estava falando da greve de fome!

Ninguém pode negar que os espiões comunistas de Fidel eram homens de visão. Sabiam quais “barbas” adotariam o tom vermelho e chegariam ao poder nos países latino-americanos, para espalhar o comunismo pelo continente…

Rodrigo Constantino

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