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Republican presidential candidate, businessman Donald Trump stands during the Fox Business Network Republican presidential debate at the North Charleston Coliseum, Thursday, Jan. 14, 2016, in North Charleston, S.C. (AP Photo/Chuck Burton)
Republican presidential candidate, businessman Donald Trump stands during the Fox Business Network Republican presidential debate at the North Charleston Coliseum, Thursday, Jan. 14, 2016, in North Charleston, S.C. (AP Photo/Chuck Burton)| Foto:

A Casa Branca responsabilizou diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, pelos ciberataques que interferiram nas eleições presidenciais americanas, elevando a tensão entre as duas maiores potências atômicas do mundo.

“Não acho que estas coisas ocorram no governo russo sem que Vladimir Putin saiba”, afirmou nesta quinta-feira (15) Ben Rhodes, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, ao canal de TV MSNBC.

“Tudo o que sabemos sobre como a Rússia funciona e até que ponto Putin controla o governo sugere que, quando falamos de um ciberataque com estas características, estamos falando das mais altas esferas do governo”, afirmou Rhodes.

“Em última instância, Vladimir Putin é responsável pelas ações do governo russo”, destacou o assessor do presidente.

A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) concluiu em um relatório secreto revelado na semana passada pelo jornal “The Washington Post” que a Rússia interveio com ciberataques na campanha eleitoral americana, com o fim preciso de ajudar o republicano Donald Trump a vencer.

Trump voltou a insinuar nesta quinta-feira que a Casa Branca tem intenções partidárias ao responsabilizar a Rússia pelos ataques de hackers contra sua adversária nas eleições, a democrata Hillary Clinton.

“Se a Rússia ou outra entidade realizavam ataques informáticos, por que a Casa Branca esperou tanto tempo para reagir? Porque acabaram de se queixar após a derrota de Hillary Clinton”, escreveu em uma rede social.

As perguntas de Trump são pertinentes, e não vai adiantar a “reação enérgica” do governo. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que Trump deveria parar de atacar os serviços de inteligência e apoiar as investigações contra a Rússia. Mas isso não responde a pergunta feita: por que só agora? Por que a Casa Branca esperou tanto para reagir dessa maneira?

Leandro Ruschel arrisca uma resposta que o porta-voz de Obama jamais poderia dar, e que tem lógica:

Obama agora diz que sabe desde julho de 2015 que a Rússia estava interferindo nas eleições americanas, mas somente em dezembro de 2016 resolveu agir. Como a Rússia teria interferido? Invadindo os servidores do Partido Democrata e jogado no ventilador todos os crimes que eles praticaram. Ou seja, Obama está confessando que não combateu um crime porque esperava que Hillary ganhasse. Como ela não ganhou, está tomando uma postura para prejudicar Trump. A verdade é apenas uma: a esquerda globalista sabe que Trump representa a sua maior derrota em décadas e está fazendo tudo ao seu alcance para boicotar a sua presidência.

Eis, de todo o legado fracassado de Obama, o que mais assusta: o uso político das instituições republicanas. Parece até coisa de petista! Há vários indícios de que isso aconteceu com certa frequência, o que é muito preocupante para um país com instituições sólidas como os Estados Unidos.

E dá nojo ver a cobertura da imprensa, a mesma que torcia escancaradamente para Hillary. O editorial do GLOBO de hoje, por exemplo, cai em desespero com as nomeações de Trump, um “grave retrocesso”. Colocou um sujeito da indústria de petróleo, combustível fóssil, como secretário; um “ultradireitista” do Breitbart; outro que nega o “aquecimento global” humano; cruzes!

O que o jornal queria: gente ligada à agenda “progressista”? Mas Hillary perdeu! Essa turma continua em “denegação”, querendo que Trump mostre “bom senso”, ou seja, que ele insista em todas as bandeiras esquerdistas que vêm de Obama. Mas essa pauta perdeu! E ainda bem: pois era um retumbante fracasso, um engodo, embuste que servia apenas para concentrar mais poder no estado.

Alguém como Trump, que não sucumbe diante da pressão politicamente correta, é mesmo uma novidade. Leva pânico à esquerda. Eles sonhavam com a possibilidade de ser tudo só retórica, e a partir de 2017 a coisa “voltasse ao normal”, ou seja, o foco continuasse o mesmo. Para desespero dessa patota, Trump está mesmo disposto a mudar certas coisas que precisam ser mudadas.

A começar por perguntas incômodas, que esses “jornalistas” deveriam fazer, mas não fazem, pois se tornaram as cheerleaders do Partido Democrata. Perguntas como esta: se a Casa Branca sabia dessa interferência de Putin desde julho, por que só resolveu agir mesmo agora, quando Hillary foi derrotada?

Rodrigo Constantino

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