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Não nutro simpatia por Donald Trump, e preferia vários outros nomes do Partido Republicano antes dele. Mas não canso de ficar impressionado com o ataque sistemático da grande imprensa sempre pelos motivos errados. O mais novo pretexto para atacá-lo, motivo de chacota de muitos, foi a proposta de um “teste ideológico” aos imigrantes interessados em viver nos Estados Unidos. Vejam a notícia, volto depois:

Acuado por incessantes críticas internas a suas propostas de combate ao terror, o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, anunciou ontem seu plano de política externa e o combate ao radicalismo islâmico. Apesar de suavizar uma retórica considerada islamofóbica por críticos, o magnata defendeu “controle extremo” sobre potenciais jihadistas, suspensão temporária de imigração de “países que exportam terroristas” e a criação de um “exame ideológico” para admissão no país, condicionando o ingresso à afinidade em questões como liberdade religiosa, igualdade de gênero e direitos dos homossexuais. Ele ainda criticou a invasão de 2003 ao Iraque e comparou a luta contra o terror à Guerra Fria, mas defendendo o apoio da Rússia para combater grupos extremistas.

No discurso, em Ohio, Trump relembrou a série de ataques terroristas que atingiram os EUA e a Europa nos últimos meses, depois de citar os massacres e perseguições sofridos pelas populações sob controle do Estado Islâmico (EI).

— Não podemos jamais deixar que estes episódios aconteçam de novo. Não podemos deixar a ideologia cruel do radicalismo islâmico se espalhar dentro dos nossos próprios países — afirmou, culpando extremistas por episódios como o massacre que deixou 49 mortos na boate gay Pulse, em Orlando, e atacando o presidente Barack Obama por “não usar a expressão radicalismo islâmico”. — Qualquer um que não nomeie nosso inimigo não tem a clareza moral para servir como nosso presidente.

[…]

Trump propôs a criação de um “exaustivo exame ideológico para a admissão nos EUA”, avaliando a “afinidade com nossos valores”. Somadas ao questionário cultural, estariam a checagem total de redes sociais e entrevistas com amigos e familiares para assegurar que imigrantes e até visitantes “respeitem a tolerância e o pluralismo”, e a busca do apoio de setores reformistas do Islã.

— Na Guerra Fria, tínhamos um exame ideológico. Passou da hora de termos outro. Os atacantes do 11 de Setembro tinham “fraude” escrita em todos os formulários de visto — atacou. — Quem não respeitar a Constituição e não abraçar nossa sociedade não deve receber vistos. Seremos radicais.

Ora bolas: onde está o absurdo aqui? Vejam só que coisa “estranha”: o candidato quer que todos aqueles interessados em morar no país demonstrem respeitar a constituição e os valores básicos deste país. Não é um espanto?

O mundo “politicamente correto” perdeu o juízo mesmo. Os “progressistas” acham que devemos tolerar os intolerantes, receber de braços abertos aqueles que querem nos destruir. “Ah, você odeia tudo aquilo que a América representa e mesmo assim quer viver aqui? Claro, seja muito bem-vindo senhor. E boa sorte na campanha de destruição de nossa nação…”

Para esquerdistas, a declaração soa intolerante mesmo. Afinal, votaram num presidente que confessava desejar mudar “fundamentalmente” a América, por ele considerada indigna de orgulho. Sim, Obama pode estender um tapete vermelho a quem odeia a América, mas Trump não pretende fazer isso. E é condenado por isso!

O mesmo ocorre com seu plano econômico: em linhas gerais, ele quer reduzir impostos, enquanto Hillary pretende aumentá-los. Claro, ele quer “beneficiar os ricos” pela ótica esquerdista da imprensa, enquanto ela quer “ajudar os pobres”. Bullshit! Reduzir impostos é sempre algo positivo, e só quem já adotou a premissa marxista de luta de classes pode achar que só favorece os mais ricos. Quer ajudar os pobres? Ajude a deixar mais recursos com os empreendedores!

Repito: tem várias coisas que não gosto em Trump, a começar por seu tom demagogo, seu narcisismo, e sua visão mercantilista quando se trata de comércio internacional. Mas até aqui ele se mostrou bem mais sensato do que Hillary nessas áreas importantes. A política “progressista”, convenhamos, está sendo um completo fracasso ao lidar com a ameaça islâmica, enquanto Obama e Hillary se recusam sequer a falar em “radicalismo islâmico”.

É triste que a disputa americana tenha se resumido ao fanfarrão e à mentirosa compulsiva, mas é o que temos para o jantar. E, na falta de coisa melhor, a fim de evitar uma indigestão ainda maior, eu iria de Trump mesmo. Hillary, a candidata dos banqueiros de Wall Street e dos sindicatos mafiosos, a queridinha do bilionário George Soros, um dos maiores financiadores da esquerda radical mundo afora, é simplesmente intragável.

Rodrigo Constantino

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