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Bacha defende fim do isolamento econômico e critica modelo de concessões
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Os modelos de concessões e de parcerias público-privadas elaborados até o momento pelo governo federal na área de infraestrutura são “inadequados” e inibem a competitividade. No setor de petróleo, a adoção do regime de partilha para exploração do petróleo do pré-sal na Bacia de Santos promove “o encarecimento da exploração do pré-sal, com requisitos excessivos de intervenção estatal e de conteúdo nacional”.

São as críticas do economista Edmar Bacha, no jornal Valor Econômico de hoje. Para ele, ao lançar modelos “anticompetitivos” para essas áreas, o governo desperdiça oportunidade de ganhos de produtividade, que poderiam ter impacto sobre a economia. Diz a reportagem:

Ao inibir a competitividade nas áreas de infraestrutura e de petróleo, o governo, para Bacha, não estimula a concorrência e a presença de multinacionais. “A presença das multinacionais é um ativo importante para o país integrar-se às cadeias mundiais de valor”, disse, considerando que isso facilitaria a integração da economia brasileira à economia mundial.

Para essa integração, o economista defende um conjunto de ações, embasado em três pilares: reforma fiscal, redução substancial de medidas protecionistas – o que permitiria acesso a insumos mais modernos – e acordos comerciais. “Se seguirmos o atual curso de isolamento econômico, continuaremos a gerar ‘pibinho’ atrás de ‘pibinho'”, disse.

Está certo, claro. Infelizmente, o Brasil ainda padece de uma mentalidade mercantilista e nacionalista, que enxerga no protecionismo comercial uma medida louvável para preservar empregos locais. Nada mais falso. Preserva apenas ineficiência e privilégios, pagos pelo povo.

Claro que já é um passo positivo o próprio PT reconhecer que precisa atrair capital privado e estrangeiro para os investimentos necessários na infraestrutura. Mas ainda há forte ranço ideológico na equipe econômica. A desconfiança em relação ao livre mercado é total, diretamente proporcional à confiança na clarividência do governo. Não funciona.

O Brasil precisa de um verdadeiro choque de produtividade, possível por meio de um choque de competitividade. Para tanto, é preciso abrir nossas fronteiras, atrair empresas e capital estrangeiros, cortar nossos subsídios e privilégios estatais. E, claro, reduzir o Custo Brasil com as reformas estruturais. É disso que precisamos!

 

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