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Negro sim, só que branco e de olhos verdes!
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Deu no GLOBO: Candidato de pele branca é aprovado por cotas raciais na 1fase do Itamaraty

 A questão racial está gerando novos atritos dentro do Ministério das Relações Exteriores. E desta vez a polêmica é no processo seletivo para o Instituto Rio Branco, que seleciona os candidatos que servirão nos quadros da diplomacia brasileira. Dentre os 10 nomes de candidatos aprovados na primeira fase do concurso dentro das cotas para afrodescendentes, divulgados nesta terça-feira, está o de Mathias de Souza Lima Abramovic. Pessoas próximas a Mathias e que também prestaram o concurso deste ano questionam se ele de fato pode ser enquadrado dentro dos critérios de afrodescendência.

Para concorrer dentro das cotas, basta que o candidato se declare “afrodescendente”. Não há verificação da banca. Tampouco o edital do processo seletivo define os critérios para concorrer como afrodescendente. O benefício é válido apenas para a primeira fase, de onde somente as 100 maiores notas são classificadas para a segunda etapa. As cotas reservam um adicional de 10 vagas para afrodescendentes e outras 10 para deficientes, totalizando 120 candidatos que continuarão na disputa. Nesta edição do concurso, 6.490 brigam por uma das 30 vagas disponíveis.

Quem lembra o episódio na UnB envolvendo dois irmãos gêmeos, um aprovado e o outro reprovado pelas cotas? A questão é simples: ou criamos um nefasto “Tribunal Racial”, com burocratas que vão julgar a “raça” dos candidatos, ou confiamos na autoproclamação, e corremos o risco desse tipo de coisa.

Nenhuma opção é razoável. Na verdade, o que está totalmente errado é o próprio sistema de cotas raciais, que segrega a população brasileira, miscigenada, em duas “raças”, concedendo privilégios a uma parte que precisam ser pagos pela outra.

Normalmente, a elite dos “negros” (há pardos e até brancos, como podemos ver) se beneficia, enquanto os brancos mais humildes pagam o pato. E o racismo, que o sistema pretende combater, acaba sendo fomentado. Está tudo errado!

Talvez seja tarde demais para reverter o estrago. Não sei, e espero que não. Mas o Brasil precisa voltar atrás nessa questão das cotas raciais. Não é assim que vamos melhorar a vida dos negros, tampouco acabar com o racismo existente no país (mas nem de perto na escala apontada pelos defensores das cotas, que acreditam que as desigualdades materiais podem ser explicadas com base nele).

Chega de racismo! Chega de cotas raciais!

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