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O programa do PSB: nossa “oposição” ao socialismo do PT
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Sim, eu sei que eu mesmo escrevi uma carta aberta para Marina Silva pedindo que ela fosse candidata, mesmo nunca tendo sido enganado por seu socialismo verde. Continuo achando positivo ela se manter como alternativa, agora em coligação com Eduardo Campos em seu PSB.

À exceção do PSOL e do PSTU, o PT de ontem, qualquer coisa é melhor do que o PT, ainda que pela simples troca de pessoal na máquina estatal, totalmente aparelhada pelo partido no poder. Logo, entre PT e qualquer coisa, qualquer coisa tem meu voto.

Dito isso, não dá para deixar passar em branco o tipo de “oposição” que temos no Brasil, pois as verdadeiras mudanças no longo prazo dependem dessa constatação e consciência. O PSB não só era governo até ontem, e abrigava os ainda governistas Cid e Ciro Gomes, ícones do coronelismo nordestino, como defende um programa tão esquerdista quanto o PT.

Basta ver o próprio site do partido. Seu manifesto não deixa margem a dúvidas. Vejamos algumas passagens:

O Partido considera-se ao mesmo tempo resultado da experiência política e social dos últimos cem anos em todo o mundo e expressão particular das aspirações socialistas do povo brasileiro.

[…]

O Partido tem como patrimônio inalienável da humanidade as conquistas democrático-liberais, mas as considera insuficientes como forma política, para se chegar à eliminação de um regime econômico de exploração do homem pelo homem.

[…]

O objetivo do Partido, no terreno econômico e a transformação da estrutura da sociedade, incluída a gradual e progressiva socialização dos meios de produção, que procurará realizar na medida em que as condições do País a exigirem.

[…]

O Partido admite a possibilidade de realizar algumas de suas reivindicações em regime capitalista, mas afirma sua convicção de que a solução definitiva dos problemas sociais e econômicos, mormente os de suma importância, como a democratização da cultura e a saúde pública, só será possível mediante a execução integral do seu programa.

[…]

PROGRAMA

Classes Sociais – O estabelecimento de um regime socialista acarretará a abolição do antagonismo de classe.

Socialização – O Partido não considera socialização dos meio de produção e distribuição a simples intervenção de Estado na economia e entende que aquela só deverá ser decretada pelo voto do parlamento democraticamente constituído e executada pelos órgãos administrativos eleitos em cada empresa.

Da Propriedade em Geral – A socialização realizar-se-á gradativamente, até a transferência, ao domínio social, de todos os bens passíveis de criar riquezas, mantida a propriedade privada nos limites da possibilidade de sua utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo.

Da Terra- A socialização progressiva será realizada segundo a importância demográfica e econômica das regiões e a natureza de exploração rural, organizando-se fazendas nacionais e fazendas cooperativas, assistidas estas, material e tecnicamente, pelo Estado. O problema do latifúndio será resolvido por este sistema de grandes explorações, pois assim sua fragmentação trará obstáculos ao progresso social. Entretanto, dada a diversidade do desenvolvimento econômico das diferentes regiões, será facultado o parcelamento das terras da Nação em pequenas porções de usufruto individual o­nde não for viável a exploração coletiva.

Na Indústria – Na socialização progressiva dos meios de produção industrial partir-se-á dos ramos básicos da economia.
Do Comércio -A socialização da riqueza compreenderá a nacionalização do crédito, que ficará, assim, a serviço da produção.

Os métodos do PT todos nós conhecemos, e Eduardo Campos e Marina Silva terão agora um gostinho ainda melhor do que essa gente é capaz de fazer para difamar oponentes. Como já disse e repito, entre a quadrilha petista e essa nova aliança como alternativa, minha escolha é totalmente clara.

Mas não dá para falar que Eduardo Campos e seu PSB representam efetivamente um contraponto ao “chavismo” que alegam combater, não é mesmo? Por mais triste que possa parecer, temos que nos ater aos fatos: só dá socialista na política nacional. A hegemonia de esquerda é total.

Precisamos mudar isso. Precisamos de algo NOVO, que rejeite sem rodeios essas propostas socialistas nefastas, carregadas de ranço marxista em pleno século 21!

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