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PT x MST: por que o proprietário rural também não pode se defender?
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O subsecretário de Segurança Pública da Bahia, Ari Pereira, fez disparos de arma de fogo na manhã desta terça-feira (10) para dispersar integrantes do MST que haviam invadido o prédio da secretaria em Salvador.

O protesto cobrava agilidade nas investigações sobre o assassinato, em abril deste ano, de um dirigente do MST na zona rural de Iguaí (sudoeste da Bahia).

Ninguém ficou ferido durante a confusão. Segundo a secretaria, cerca de 500 sem-terra invadiram o prédio “armados com foices, facões, machados, enxadas e paus”.

“Eles já ocupavam o térreo e pretendiam subir às escadas para ter acesso aos outros pavimentos quando foram impedidos por um disparo de advertência. A ação fez os manifestantes recuarem e garantiu a integridade dos servidores que já tinham chegado ao trabalho e das instalações do prédio”, diz trecho da nota divulgada pela pasta do governo Jaques Wagner (PT).

[…]

Os disparos, segundo a pasta, foram “a medida mais rápida e mais adequada para aquele momento”, uma vez que era horário da troca de guarda e não havia muitos seguranças no local.

Certo. Então quer dizer que o governo do PT pode se defender com tiros da invasão do MST, mas os proprietários rurais não? Um peso, duas medidas? Por que esse privilégio?

Bene Barbosa, presidente da ONG Viva Brasil, que luta contra o desarmamento dos cidadãos pelo estado, resumiu em sua página do Facebook: “Petista atirando em invasores do MST no estado campeão de desarmamento da população! Não pensei que viveria para ver isso!”

De fato, o que chama a atenção é o de sempre: aos “amigos do rei” vale tudo; já o povo, que se vire! O subsecretário pode ter uma arma à sua disposição e usá-la para se defender de uma invasão de propriedade; mas se um cidadão comum tiver a mesmíssima reação, está frito.

O MST usa e abusa do “direito” de invadir propriedades, e quando alguém reage a bala, logo é visto como o vilão da história. Afinal, o MST luta pela “justiça social”, e vale tudo pelo social, né?

O que os liberais defendem é algo mais simples: igualdade perante as leis e direito de legítima defesa. Nesse caso, o que o subsecretário fez, que está correto, deveria ser válido igualmente para todos os cidadãos de bem: ter uma arma em sua propriedade e usá-la se for o caso, para se defender de invasores. Liberalismo é pela igualdade; esquerdismo, pelo privilégio das autoridades.

PS: Não deixa de ser irônico ver o PT, agora no poder, ser alvo do braço armado revolucionário que sempre ajudou a alimentar.

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