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Se na BBC a coisa está feia assim, imagina na TV Brasil…
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A situação está preta na BBC. A emissora estatal precisa de dinheiro. Afinal, pagou mais de 60 milhões de libras só em indenizações a vários administradores nos últimos oito anos.

Quando sete executivos da empresa foram solicitados a explicar isso para os parlamentares, exalavam um sentimento de perplexidade coletiva por terem que prestar esse tipo de conta.

É isso que dá ter acesso ao dinheiro dos outros para gastar à vontade. Como disse Michael Grade, é como nas famílias muito ricas, quando os filhos não aprendem o valor do dinheiro.

Em artigo na The Spectator, a BBC é exposta como um ente burocrático, sem liderança ou mesmo hierarquia. Uma cultura corporativa onde o sucesso vem por manter a cabeça baixa, e o salário está garantido, pois independe da audiência.

Com o poder difuso, o sucesso produz muitos pais na emissora, mas o fracasso é sempre órfão. Não há accountability, ou meritocracia. A responsabilidade pelos erros é sempre jogada para ombros alheios.

Para justificar os altos salários, a BBC alega competir no mercado com outras empresas. Mas seu mecanismo de financiamento conta com a alegação de que presta um serviço público de informação. Nem sempre. Há vários exemplos de conteúdo totalmente idiota voltado apenas para o entretenimento.

Para a revista, a BBC é um dos exemplos mais gritantes de prática anticompetitiva na economia britânica, mas nunca investigada pelos “guardiões da concorrência”.

A emissora tem condições de se financiar no próprio mercado, encontrando uma audiência disposta a pagar pelo seu conteúdo. Mas se ela pretende ser bancada pelos impostos, então certamente deveria se restringir aos programas com missão cívica, de serviço público.

E sem salários extravagantes para seus funcionários. Como diz a revista, não faz sentido pagar ao chefe do serviço de radiodifusão mais do que recebe o Primeiro-Ministro! Conclui a revista:

É estranho de muitas maneiras que em 30 anos de privatizações, muitas delas muito bem-sucedidas, a BBC raramente tenha sido mencionada como uma candidata. É mais que tempo de esta opção ser devidamente discutida.

Agora eu pergunto: se a coisa está assim na BBC, o grande benchmark das emissoras estatais, o que esperar da TV Brasil, mais conhecida como “TV traço”, graças a sua “enorme” audiência? Pois é. Privatize Já!

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