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A produção do Tamiflu em Maringá poderá ser feita em larga escala | Fabio Dias/Jornal de Maringá
A produção do Tamiflu em Maringá poderá ser feita em larga escala| Foto: Fabio Dias/Jornal de Maringá

Máquina para encapsular Tamiflu custa R$35 mil

Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

- Imprima o cartaz com as principais informações sobre a Gripe A

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) se colocou à disposição do Ministério da Saúde para produzir industrialmente o Tamiflu, medicamento utilizado no tratamento de pacientes com a nova gripe. A universidade conta com um laboratório de pesquisas e produção de remédios considerado de alto nível, mas que está trabalhando muito aquém da capacidade. Dessa forma, além de contribuir com a oferta do único medicamento existente para combater a gripe A, os alunos da UEM voltarão a acompanhar aulas práticas de fabricação no laboratório.

Para concretizar o desejo, o Ministério da Saúde precisa autorizar o procedimento na universidade e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá que fazer uma última inspeção no local. Mas isso não será problema, segundo a coordenadora geral do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão em Medicamentos e Cosméticos (LEPEMC), Edeilza Gomes Brescansin. "Acabamos de receber o Certificado de Boas Práticas de Fabricação na Linha de Sólidos", contou ela, o que representa as condições técnicas do laboratório que já tem 20 anos de existência.

Como a especialidade da universidade é a produção de comprimidos – e o Tamiflu sólido é fabricado em cápsulas – falta que o laboratório compre uma encapsuladora, com custo aproximado de R$35 mil. "Esse é o menor dos problemas. Assim que recebermos as autorizações vamos comprar (a máquina)", afirmou Décio Sperandio, reitor da UEM. Ele esteve pessoalmente na quarta-feira (26) em Brasília, onde se reuniu com representantes do Ministério da Saúde e ofereceu os serviços da instituição. "Como estamos em um momento de urgência, acredito que teremos a resposta em breve", disse.

Atualmente no Paraná, o Tamiflu está sendo produzido em forma líquida por manipulação na Farmácia da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR). A indicação nesses casos é para crianças e para adultos com dificuldade de engolir as cápsulas. O princípio ativo do medicamento foi fornecido pelo Ministério, suficiente para manipular 28.110 tratamentos.

A produção do Tamiflu em Maringá poderá ser feita em larga escala. Para se fazer uma comparação, a UEM tem capacidade para produzir anualmente 100 milhões de comprimidos de Captopril, remédio contra hipertensão. Como o estoque está alto, a fabricação foi suspensa.

LEPEMC já faz álcool em gel

Enquanto aguarda a autorização para fazer o Tamiflu, o laboratório já dá sua contribuição no combate da gripe A. O álcool em gel que a universidade utiliza é de produção própria. A capacidade é de até 400 litros por dia, mas a intenção é atender apenas a demanda interna, explicou Bruna Juliana Wanczinski, farmacêutica industrial do LEPEMC.

Mortes

O último relatório diário divulgado pela Secretária Municipal de Saúde de Maringá aponta a confirmação de mais duas mortes por nova gripe na cidade. Um dos óbitos ocorreu em 12 de agosto, uma mulher de 37 anos. O outro foi um homem que morreu na sexta-feira (25). Com isso, sobe para dez as mortes causadas pela doença na cidade

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