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 | Arquivo da família/
| Foto: Arquivo da família/

Chegadas e partidas, encontros com o mar, muito futebol e peixadas nos fins de semana são cenas comuns no imaginário de cidades portuárias. Todos esses aspectos fizeram parte da vida que Pedro Alves construiu nos anos vividos em Paranaguá, no Litoral do Paraná.

No papel, Pedro nasceu em 1925. Mas, como ocorria com muitas pessoas à época, seu ano de registro não coincide com o de nascimento, que acabou ficando esquecido. Natural de Itaqui, em Guaraqueçaba, também no Litoral, foi para Paranaguá no fim da década de 30 com a sede de aventura típica da adolescência e queria explorar novos caminhos. Então nada melhor do que trabalhar como tripulante de uma embarcação da região, atividade na qual não tardou a iniciar.

Os dias embarcado renderam experiências em lugares do Brasil que talvez não conhecesse se não fosse o ofício. Rio de Janeiro e Bahia eram dois de seus destinos favoritos, sempre lembrados nas histórias curiosas e engraçadas que trazia para contar para a família. Em um dos causos que entraram para a lista de clássicos, Pedro narrava uma visita a um restaurante baiano, onde o garçom perguntou sobre a preferência entre um prato quente ou um frio. Só que, ao pedir pelo quente, o tripulante não fazia ideia de que a temperatura dizia respeito à quantidade de pimenta e acabou tendo que comer uma refeição extremamente picante.

Foi navegando que descobriu a atividade que seria uma de suas maiores paixões ao longo da vida: cozinhar. Como tripulante, era responsável por colocar na mesa o alimento dos companheiros e aprendeu a preparar com destreza frutos do mar e peixes. Inclusive o preparo do peixe – assado ou cozido com banana e farinha biju – se tornou a marca registrada nos encontros de família.

Apesar dos meses no mar, continuava ligado às raízes e se casou com Adair, uma antiga conhecida da cidade natal que arrebatou o coração de Pedro em um reencontro em Paranaguá. No início dos anos 60, os dois construiram uma relação de companheirismo ímpar e muito carinho.

Na residência – que firmaram na vila portuária da cidade – passaram a receber os parentes e amigos. As confraternizações que realizavam nos fins de semana se tornavam especiais pela generosidade e hospitalidade de Pedro. E, até hoje, o local é visto como um ponto de encontro da família.

Bastante carinho, aliás, definiu o relacionamento de Pedro com toda a família. Em especial com os filhos – Maria Luci, Osmair e Luci Mara – e com os cinco netos, chamados de “amorzinhos do vô”. Luci Mara, a filha caçula, se lembra até hoje de quando visitava o local do trabalho do pai, que, em 1958, havia passado a ser maquinista e fiscal dos trilhos do Porto de Paranaguá. Com afeto, ela recorda das tardes passadas dentro do maquinário, aos cinco ou seis anos.

Em meio ao tempo para o trabalho e para a família, Pedro encaixava momentos dedicados à pesca, uma de suas atividades preferidas. Por causa do hobby, ficou conhecido como Pedro Betara, em alusão a um episódio em que se consagrou ao pegar vários peixes betara, espécie de água salgada também conhecida como “Papa Terra”.

O apelido não foi o único com o qual se consagrou em Paranaguá. Entre os colegas do futebol, era Pedro Bala. Ligeiro, como o apelido sugere, na juventude ocupava boa parte do tempo livre com o esporte, na posição de lateral.

Pedro, que trabalhou até se aposentar, não era de conversar muito, mas conseguia transmitir a felicidade que sentia por estar no mundo. Demonstrava gratidão sempre que tinha oportunidade e frequentemente pronunciava “obrigado, obrigado, obrigado”, que viraram quase uma expressão. Humilde e de coração grande, não se estressava com nada. Talvez por esse jeito tranquilo, conseguiu chegar à velhice com muito menos rugas do que o esperado para sua idade.

Em 2009, perdeu Adair, depois de 55 anos de casamento. Sem a companheira de vida, Pedro, cujo estado de saúde antes era estável, começou a ficar debilitado. Foi deixando de fazer o famoso peixe assado e a frequência de suas conversas diminuiu ainda mais. Passou a usar bengala e aparelho auditivo e a família passou a ajudá-lo no dia a dia. A filha Maria Luci foi morar em sua casa e os filhos e netos se envolveram nos últimos momentos do senhor que lhes ensinou sobre as explorações do mar e a generosidade em terra.

Quando Pedro os deixou, em outubro deste ano, todos souberam que ele estava descansando em paz. Deixa três filhos e cinco netos.

Dia 2 de outubro, aos 91 anos, de pneumonia, em Curitiba.

Colaborou: Cecília Tümler.

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Lista de falecimentos

Alcir Taques dos Santos, 81 anos. Filiação: Cláudio Taques dos Santos e Vicentina Taques dos Santos. Sepultamento hoje, no cemitério municipal da cidade de Origem, saindo da Capela Municipal de Paranaguá.

Alterino Ferreira de Souza, 79 anos. Filiação: João Ferreira de Souza e Ana Barbosa. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Anderson Sérgio Ribeiro, 25 anos. Profissão: servente. Filiação: Antônio Sérgio Ribeiro e Valdete Maria de Jesus. Sepultamento ontem.

Antônia Koginski Alves, 84 anos. Filiação: Stefano Koginski e Stefania Radkoski Koginski. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela número 02.

Antônio Fernando Moreira, 67 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Manoel Fernando Moreira e Dorotheia Pena Moreira. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária de Campo Magro.

Beatriz Zanella da Silva, 28 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Alves da Silva e Sirlei Teodoro Zanella da Silva. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Fazenda Rio Grande, saindo da residência.

Cecília Nunes Machado, 61 anos. Profissão: do lar. Filiação: Boaventura Nunes e Augustinha Godinho Nunes. Sepultamento ontem.

Cleide Maria Poli, 74 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Luiz e Maria Carlos de Oliveira. Sepultamento ontem.

Darcy Camillo, 66 anos. Filiação: José Bianco Camillo e Joana de Bassi Camillo. Sepultamento hoje, no Cemitério Santo Ângelo, em Campo Largo, saindo da Capela Municipal de Campo Largo.

Darcy Couto Pereira, 100 anos. Filiação: Eduardo de Pinho e Laura de Pinho. Sepultamento ontem.

Dejanira Tibes Gonçalves, 86 anos. Profissão: do lar. Filiação: Maria Luíza Carlin Tibes. Sepultamento ontem.

Divete Vaz da Silva Ferreira, 77 anos. Profissão: do lar. Filiação: Pedro Vaz da Silva e Alaíde Vaz da Silva. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Campo Largo, saindo da capela mortuária do local.

Doca Belisario Nasato, 75 anos. Filiação: Severino Nasato e Maria Dorigati. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal São João Batista, em São José dos Pinhais, saindo da Capela Mortuária Pedro Fuss, na mesma cidade.

Doracy Zacharias Borges, 89 anos. Filiação: Pedro Zacharias e Alina Alves da Borba. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Boqueirão, saindo do Cemitério Vertical de Curitiba.

Inês Maria Pinto da Rocha, 76 anos. Profissão: do lar. Filiação: Benedito Pinto da Luz e Maria Ana Pinto. Sepultamento ontem.

Jairo Aparecido Jacouvatz, 56 anos. Filiação: Kurtz Jacouvatz Júnior e Realina Boeira Jacouvatz. Sepultamento ontem.

João Cristiano de Melo Filho, 17 anos. Profissão: marceneiro. Filiação: João Cristiano de Melo e Sueli do Espírito Santo Tavares. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque das Araucárias, em Colombo, saindo da Igreja Assembleia de Deus do bairro Guaraituba, em Colombo.

José Luiz Cardoso Maurício, 63 anos. Profissão: bancário. Filiação: Ernani Cardoso Maurício e Lucy Oliveira Maurício. Cerimônia hoje, no Crematório Berti, em São José dos Pinhais, saindo da capela mortuária do local.

Lori Dorpmuller Leiria, 50 anos. Profissão: do lar. Filiação: Lindemar Dorpmuller e Nilsa Probst Dorpmuller. Sepultamento ontem.

Lourdes Modesto Silveira, 84 anos. Profissão: do lar. Filiação: Benedito Modesto e Joaquina Francisca Luz. Sepultamento hoje, no Cemitério Parque Iguaçu.

Lucas Willian Picolo, 17 anos. Filiação: Jari Picolo e Sueli Xavier Picolo. Sepultamento ontem.

Lurdes Santos de Amorim, 66 anos. Profissão: do lar. Filiação: Augusto Santos e Paulina Leite. Sepultamento ontem.

Maria Aparecida Vieira de Lima, 57 anos. Profissão: doméstica. Filiação: Balbino Presciliano Vieira e Maria Francisca Vieira. Sepultamento ontem.

Maria Eugenia Camargo Pereira, 75 anos. Profissão: funcionária pública estadual. Filiação: João Maria Camargo e Maria Aparecida de Jesus Camargo. Sepultamento ontem.

Maria Evanir Fernandes da Silva, 63 anos. Profissão: do lar. Filiação: Júlio Fernandes e Rosa Alves Fernandes. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos, saindo da capela mortuária do local.

Marinez Cavet Kraemer, 72 anos. Profissão: auxiliar de contabilidade. Filiação: Carlos Cavet e Carlote Clotilde Oertel Cavet. Sepultamento hoje, no Cemitério Thomaz Coelho, em Araucária, saindo da capela número 01 do Cemitério Municipal Água Verde.

Neli Terezinha Gonchoroski dos Santos, 59 anos. Filiação: Constatnte Gonchoroski e Teofila Gonchoroski. Sepultamento ontem.

Ozeas Kutchman, 82 anos. Filiação: Esterano Kutchman e Paranka Kutchman. Sepultamento ontem.

Palmira Gerardi, 50 anos. Profissão: auxiliar de serviços gerais. Filiação: Fiori Gerardi e Maria Nunes dos Santos. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo da capela número 01.

Pedro Márcio Lopes, 44 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: Sirlei Teresinha Lopes. Sepultamento ontem.

Robson Roberto Couto da Silva, 23 anos. Profissão: autônomo. Filiação: Robson Soares da Silva e Sandra Maria Couto. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Santa Cândida, saindo de local a ser designado.

Sérgio de Oliveira, 59 anos. Profissão: autônomo. Filiação: João Oliveira e Aparecida Cardoso de Oliveira. Sepultamento hoje, no Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais, saindo da capela mortuária do local.

Solange de Oliveira Kutcka, 47 anos. Profissão: do lar. Filiação: Maria Gritten de Oliveira. Sepultamento hoje, no cemitério municipal da cidade de origem, saindo da residência.

Terezinha Clemente Reque, 81 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Clemente de Souza e Ubaldina Araújo de Souza. Sepultamento hoje, em local a definir, saindo da Capela Mortuária de Ponta Grossa.

Tsakeshi Nakano, 60 anos. Profissão: geólogo. Filiação: Tamiko Nakano e Tamiko Nakano. Sepultamento ontem.

Vicente Filomena, 74 anos. Profissão: lavrador. Filiação: João Filomena Vicente e Dolores Cavalheiro Vicente. Sepultamento ontem.

Walter Haas, 58 anos. Profissão: artesão. Filiação: Nerval Haas e Cláudia Mary Haas. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal Água Verde, saindo da capela número 02.

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