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Em menos de 24 horas, duas pessoas morreram em um mesmo cruzamento da Rodovia João Leopoldo Jacomel, entre Pinhais e Piraquara. Em ambos os casos, as vítimas foram atingidas pelo trem, ao cruzar o trilho de carro.

Protesto

Depois dos dois acidentes, os moradores próximos ao cruzamento organizaram um protesto, para 14h deste domingo (26), para pedir a implantação de uma trincheira no local.

Na descrição do evento, no Facebook, os organizadores deixam claro que o objetivo não é queimar pneus no trecho e paralisar o trânsito, mas apenas mostrar a indignação em memória das pessoas que morreram no cruzamento.

Eles reivindicam um cruzamento no trecho que liga a Rodovia João Leopoldo Jacomel à Rua Humberto de Alencar Castelo Branco, em Pinhais. A medida seria necessária para evitar mais mortes no local. “Trem acelerado, perigo dobrado” é o mote do protesto.

O primeiro acidente foi na por volta das 20h de sexta-feira (24). Wellyngton Calloy Martins, de 21 anos, estava em um Passat que ficou destruído ao ser arrastado pelo trem. O rapaz morreu na hora. Ele estava com a esposa e mais uma moça. A esposa teve ferimentos leves e a moça, que estava no banco de trás do veículo, teve ferimentos graves.

Na noite deste sábado (25), por volta das 19h, Egberto Soll Macedo, de 52 anos, também morreu no cruzamento. O carro em que ele estava, um Citroën Xsara Picasso, bateu contra o trem. O homem foi socorrido pelo Siate e chegou a ser encaminhado ao Hospital Cajuru, mas morreu algumas horas depois.

Os dois carros foram arrastados pelo trem. Na sexta, o Passat do casal parou cerca de 300 metros à frente do local em que foi atingido. Como os trens não conseguem parar imediatamente, isto aumenta a gravidade dos acidentes.

O cruzamento em que os acidentes ocorreram conta com sinalização, inclusive com um semáforo específico para anunciar a chegada do trem.

Em nota, a concessionária que administra a linha férrea lamentou os acidentes, mas lembrou que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a linha férrea é sempre preferencial, pois um trem leva em média 500 metros para parar totalmente. A empresa ainda informa que o maquinista cumpriu todos os procedimentos de segurança, como acionamento de buzina e freios, e que a composição estava dentro da velocidade permitida no trecho. “A concessionária reitera ainda que realiza campanhas frequentes de conscientização nos cruzamentos com a ferrovia, além de palestras educativas em escolas próximas à malha, para minimizar os riscos de acidentes envolvendo veículos, pedestres e trens”, diz a nota.

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