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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da venda do achocolatado Itambezinho depois que o produto passou a ser relacionado à morte de uma criança de 2 anos em Cuiabá (MT). A resolução, publicada nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial, impede que o produto seja comercializado pelos próximos 90 dias e também exige o recolhimento de um lote da bebida (21:18, com validade em 21 de novembro de 2016).

Achocolatado que causou morte de criança foi envenenado com pesticida

De acordo com a polícia, os peritos descartaram a hipótese de que o achocolatado Itambezinho tivesse contaminação biológica por bactéria ou fungo no processo de fabricação.

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A suspeita veio à tona na sexta-feira (26), quando a a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso foi acionada pela equipe médica que atendeu a criança. A mãe informou que o filho consumiu produto e, alguns minutos depois, começou a apresentar falta de ar. Além disso, ele teria ficado com o “corpo mole e com princípio de desmaio”. As informações são da Polícia Civil do Mato Grosso.

Logo após apresentar os sintomas, a criança foi levada para uma policlínica local, onde, por cerca de uma hora, os médicos tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso. A mãe chegou a relatar que bebeu um pouco do achocolatado e também passou mal.

Em nota, a Vigilância Epidemiológica do estado informou que encaminhou amostras disponibilizadas pela mãe para Polícia Civil, que agora investiga o caso.

Durante a investigação, a polícia apreendeu cinco caixas do achocolatado - três fechadas e duas abertas. O material foi encaminhado para o Laboratório Forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica, que irá realizar análises do produto e também exames com amostras colhidas da criança em exame de necropsia.

A Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo, mas já iniciou os interrogatórios para apurar as circunstâncias do fato.

Outro lado

Em nota encaminhada por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa Itambé, fabricante do achocolatado, disse que foi notificada dos fatos na sexta-feira e que, desde então, está em contato permanente com a Vigilância Sanitária para auxiliar na apuração dos fatos.

“O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote”, disse a empresa.

Sobre a morte da criança, a Itambé informou ainda que “realizou análises laboratoriais internas do lote de produção mencionado na notificação, não identificando qualquer problema em sua composição. Em paralelo, outras análises estão sendo feitas em laboratórios externos e no LANAGRO – Laboratório Nacional Agropecuário – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cujos laudos serão disponibilizados no decorrer desta semana”.

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