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Filho de Rose morreu num acidente de trânsito e agora ela ajuda outras mães a superar a mesma dor. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Filho de Rose morreu num acidente de trânsito e agora ela ajuda outras mães a superar a mesma dor.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

O olhar de Rose Mari Carriel de Lima não consegue esconder a dor que a acompanha desde a madrugada de 23 de dezembro de 2008. Ela trabalhava em uma instituição de educação infantil, quando recebeu uma ligação que a abalou: seu filho, Robson Eduardo Carriel de Lima, havia morrido.

Paz no Trânsito

Instituto promove palestras e eventos educativos, além de acolher familiares de vítimas no trânsito: (41) 3023-1706 – www.iptran.org.br

O rapaz tinha saído de casa na noite anterior para comemorar o aniversário de 21 anos com amigos. Na volta, pegou carona com um motorista bêbado. O carro em que estavam caiu de um viaduto na Linha Verde, em Curitiba. Robson morreu na hora. “É o tipo de dor que não se supera nunca. Está sempre aqui, batendo”, diz. Rose tirou forças do próprio sofrimento. É a mais antiga funcionária do Instituto Paz no Trânsito (IPTran), fundado por Christiane Yared – mãe de Gilmar Rafael Yared, um dos rapazes mortos em um acidente ocorrido em maio de 2009 e que envolveu o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho. Na instituição, Rose ajuda a acolher outras mães, que também perderam seus filhos em desastres causados por condutores embriagados.

“Quando eu conto a história do meu filho, eu procuro não chorar na frente das outras mães. Eu choro à noite, na cama, escondida. Mas sempre lembro que meu filho está em um lugar bom, bem melhor que a gente”, diz. Entre os fatores que contribuem para que Rose não consiga sepultar a dor, está a impunidade. O motorista que causou o acidente que vitimou Robson jamais foi preso.

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