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Em Londres, roda gigante London Eye é iluminada com as cores vermelho, azul e branco em tributo às vítimas do ataque em Nice, na França. | Chris J. Ratcliffe/AFP
Em Londres, roda gigante London Eye é iluminada com as cores vermelho, azul e branco em tributo às vítimas do ataque em Nice, na França.| Foto: Chris J. Ratcliffe/AFP

Monumental

Para o general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), “seria uma monumental irresponsabilidade se nós não revisássemos o que estamos fazendo em benefício da segurança. Eu não posso ter a pretensão, a arrogância, de dizer ‘não erramos nada, não há nada a verificar e não precisa passar a limpo’”.

O atentado em Nice, na França, levou o governo brasileiro a anunciar revisão dos procedimentos de segurança e inteligência para os Jogos Olímpicos do Rio.

Em entrevista na manhã de sexta-feira (15) no Palácio do Planalto, o general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), afirmou que a preocupação com o evento, cuja abertura é no dia 5 de agosto, “subiu de patamar”.

Sem dar muitos detalhes, por razões de estratégia de segurança, o general mencionou como novas medidas “mais postos de controle, mais barreiras, algumas restrições de trânsito”.

Ressaltou ainda que “pode até haver” aumento de tropas militares, “com certeza intensificação” na fiscalização em aeroportos.

Citou a hipótese de “afastar o acesso de veículos em alguns eventos”. “Por exemplo, se hoje é possível chegar a 50 metros do Maracanã, talvez tenhamos que empurrar para 100 metros”, disse.

À tarde, o presidente interino, Michel Temer (PMDB), reuniu-se com o general e representantes dos ministérios da Justiça e da Defesa para autorizar a revisão do plano. As medidas devem ser fechadas, segundo o ministro, até o meio da semana que vem.

O uso de um caminhão para matar dezenas de pessoas na cidade francesa levou o governo, por exemplo, a ter por foco questões relativas ao trânsito. “Ninguém poderia imaginar que um caminhão fosse usado como arma de destruição em massa”, disse.

Ele comparou a revisão a uma “auditoria” do plano de segurança. Segundo ele, o objetivo é fazer “auditoria do nosso planejamento para ver se sobra alguma lacuna que tenhamos negligenciado”.

O general rebateu a ideia de que possa ter ocorrido falha no planejamento por ter determinado revisão a poucos dias do início da Rio-2016.

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