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Protesto: grupo queria crédito pela participação no Dia Mundial sem Carro | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Protesto: grupo queria crédito pela participação no Dia Mundial sem Carro| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Pela segunda vez em uma semana, Curitiba viu pessoas tirarem a roupa em praça pública para realizar protestos. A primeira manifestação de nudismo aconteceu na segunda-feira, no Dia Mundial sem Carro. Integrantes do movimento Bicicletada ficaram pelados para protestar contra a "Sociedade do Automóvel". Ontem, no Juvevê, um grupo de atores tirou a roupa para protestar contra as atitudes da própria Bicicletada.

Os três atores do grupo de teatro Oxx – Angelo Cruz, Yara Barros e Renata Silveira – disseram ter participado, sem roupa, da Bicicletada. Depois, porém, não teriam recebido crédito pelo seu trabalho durante as entrevistas dos ciclistas. "Fomos boicotados", disse Angelo. Para protestar, o trio ficou nu, novamente, em outro evento da Bicicletada, marcado para ontem à noite na Praça Vivian Calopresso Braga, no bairro Juvevê.

Na praça, populares da região, ciclistas e curiosos que estavam assistindo à performance de uma banda foram surpreendidos pelos atores. Nus, eles disseram que foram usados pelo movimento. "A nossa participação estava no roteiro da Bicicletada. Não somos contra a campanha deles. Mas somos contra as pessoas usarem nossos corpos para chamar a atenção da mídia sem ter reconhecido o nosso trabalho", afirmou Angelo, ao microfone.

Renata contou que ficou completamente nua durante a Bicicletada como forma de representar a plasticidade da arte. "O nosso objetivo era dizer para a população: ‘Sinta o ar, saia da casca", e não apenas pedir para trocarem o carro pela bicicleta", afirmou. "Os ciclistas disseram que ficaram nus por impulso. Mas os dois que tiraram a roupa só fizeram depois da nossa iniciativa", disse Yara.

Para os integrantes do movimento Bicicletada, a atitude do grupo de teatro na praça foi lamentável. "A pessoa que participa do passeio ciclístico faz o que quiser. Pode ir fantasiado, vestido de palhaço, de peruca ou pelado. O importante é o movimento e não quem ficou ou não ficou sem roupa. Não entendi a atitude deles, mas somos democráticos", disse Jorge Brand, um dos representantes do movimento.

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