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Nas vésperas do Natal, a imprudência de um motorista tirou as vidas da professora aposentada Olinda Lewandoski Drabeski, 82 anos, e da neta Stephany Drabeski Cordeiro, 7 anos. Por volta das 11h30 de ontem, a avó e a menina foram atropeladas em frente ao conjunto residencial em que moravam, no bairro Novo Mundo, em Curitiba. O motorista abandonou o carro e fugiu. A polícia investiga se o duplo atropelamento foi resultado de um racha.

O incidente aconteceu na Rua Eduardo Carlos Pereira – trecho da via rápida do Portão, sentido Centro – em frente ao Condomínio Centro Habitacional Novo Mundo, próximo à esquina com a Rua Rosalino Mazziotti. Olinda e Stephany estavam saindo de casa para ir ao cabelereiro. Quando quase chegavam ao outro lado da rua, foram atingidas por um Volvo preto, placas ABE-1818, em alta velocidade. Segundo a síndica do condomínio, Anita Gugelmin, o impacto fez com que as duas fossem lançadas a uma distância de aproximadamente 30 metros. Ambas morreram na hora. "Não tem como aceitar isso. Nada vai reparar essas perdas da nossa família", desabafa Nilton Luiz Dudziak, neto de Olinda e primo de Stephany.

Informações da Delegacia de Delito de Trânsito (Dedetran) indicam que o motorista estaria participando de uma corrida com outro veículo. Após o atropelamento, o condutor abandonou o Volvo sobre a calçada, na esquina seguinte, e fugiu com a ajuda de outro motorista. Os investigadores não têm dados sobre a cor e o modelo do outro carro.

Investigadores da Dedetran não conseguiram encontrar o proprietário do Volvo. O veículo já passou pelas mãos de pelo menos três pessoas, mas o registro continua em nome de um dos antigos donos. Um homem identificando-se como representante do condutor foi até o local do atropelamento e informou que o motorista deve se entregar hoje à polícia acompanhado do advogado. Se condenado, o acusado deve pegar quatro anos de prisão. Se forem comprovados alguns agravantes, a pena pode chegar a aproximadamente 20 anos.

Comerciantes e moradores da região relatam que o desrespeito dos motoristas é corriqueiro na via. "Não existe vermelho, verde e amarelo. Os motoristas passam em qualquer sinal", conta a síndica. "Racha é direto. Final de semana é pior. A gente não consegue nem ver a marca do carro", relata o porteiro Alessandro Antônio Martins. Em uma hora, entre às 14 e 15 horas de ontem, agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) multaram oito veículos que furaram o sinal vermelho no local onde aconteceu o acidente.

Dona Olinda morava há 30 anos no condomínio. Ela sempre estava envolvida com atividades da Paróquia Sagrada Família do Novo Mundo. Stephany e a mãe moravam com ela. "A minha avó era extremamente cuidadosa. Ela sempre tratava a netinha com o maior zelo", conta Dudziak. O sepultamento das duas será hoje, às 10h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na Fazendinha. "Alguém que presenciou o fato que delate. É dessa forma que a gente consegue combater esse tipo de crime", apela o neto.

Serviço: quem tiver informações sobre o veículo usado na fuga do condutor ou características do motorista pode repassá-las anonimamente à polícia pelos telefones (041) 3365-5524 (Dedetran) ou 197.

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